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Madonna tem processo de adoção adiado pela terceira vez

Juiz de Maláui ainda não decidiu se coligação de grupos defensores dos direitos humanos vai influenciar no caso da pop star, que quer adotar menino africano

Por Agencia Estado
Atualização:

Um juiz do Maláui ainda não decidiu se uma coligação de grupos defensores dos direitos humanos do país vai ajudar a concluir se a pop star Madonna está apta a adotar o menino africano David Banda, de 1 ano e 3 meses. A informação foi confirmada pelo advogado da cantora, Alan Chinula. O veredicto, adiado pela terceira vez, deveria ser divulgado nesta terça-feira na capital administrativa de Maláui, Lilongüe. O juiz Andrew Nyirenda realizou uma seção para escutar os argumentos de uma coligação de 67 membros, incluindo a comissão de Direitos Humanos de Maláui. Os grupos sustentam a existência de irregularidades no processo de adoção de David. Madonna e Ritchie ficaram oito dias em Maláui e conseguiram a guarda provisória de David, em 12 de outubro. Yohane Banda, pai do menino, assinou os papéis permitindo que o filho fosse adotado e o juiz Nyirenda concedeu às celebridades a permissão para levar David para Londres. A cantora já é mãe de Lourdes Maria, de 9 anos, e Rocco, de 6 anos. Adoção ilegal "Basicamente pedimos à corte que nos permita participar do processo, porque há muitos aspectos legais que queremos discutir", disse nesta segunda-feira Justin Dzonzi, presidente da coligação conhecida como Comitê Consultivo dos Direitos Humanos, após a audiência privada que durou uma hora e meia. Dzonzi disse que sua coligação não quer bloquear a adoção, mas apenas assegurar-se de que sejam cumpridas as leis locais de adoção. Assinalou que as leis são arcaicas e desacatadas rotineiramente para permitir a adoção por estrangeiros. "Mais de mil crianças malauianas são adotadas ilegalmente a cada ano enquanto a lei diz que a adoção internacional não é lícita", disse Dzonzi, que é advogado. "Não existe um sistema que monitore como são tratados esses meninos, onde quer que eles estejam". Acrescentou que queriam usar o caso de Madonna "para assegurar que os direitos das crianças de Maláui sejam protegidos efetivamente".

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