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Lollapalooza 2018: O Terno encara público massivo e alia virtuosismo a boas doses de amor 

Banda se apresentou na tarde deste sábado, 24, no Autódromo Interlagos 

Por Pedro Antunes
Atualização:

"Volta logo, volta." Volta? 

Com amor, uma dose de solidão e muito virtuosismo, O Terno voltou ao Lollapalooza nesta edição de2018 naquela que é a melhor fase da carreira do trio paulistano, com metais e canções na medida certa entre o pop e o experimental. Suas armas são a afiada visão do amor contemporâneo, das felicidades efêmeras e a fugacidade do momento nas canções de Tim Bernardes, vocalista e guitarrista da banda.

Lollapalooza Brasil 2018: apresentacao do grupo OTerno no palco Axe, no segundo dia do festival Foto: Rafael Arbex/ Estadão

Em plena ascensão, em vias de iniciar a gravação de um novo disco, o quarto da carreira deles, a banda esteve diante de um grande público e entregou uma versão condensada da turnê do álbum Melhor do Que Parece, lançado dois anos antes. Com o auxílio do trio de metais que tem acompanhado a banda na atual turnê, o grupo foi, em uma hora, o melhor d'O Terno. E isso inclui muita dose de virtuosismo progressivo, com canções construídas a partir de arranjos fora da caixinha, pontuadas com doses pop, de assimilação momentânea. 

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Com isso, O Terno se estabelece como uma atração única no atual cenário da música independente brasileira, que desafia e afaga, na mesma medida, sem medo de soar acessível - um dos maiores erros dessa geração. O Terno é capaz de tocar para grandes públicos, porque suas canções podem crescer em ambientes externos, assim como se dá muito bem diante de um número pequeno de pessoas. 

Porque o que O Terno expõe o que é de mais íntimo, sentimentos guardados, escondidos, deixados pra lá. Tim e companhia expõem isso - e, às vezes, no meio de tanta gente, como no Lollapalooza, é confortável perceber que a dor, quando cantada em uníssono, é mais leve. 

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