13 de março de 2016 | 20h50
O Lollapalooza sempre teve uma inclinação para a música eletrônica. Não é à toa que existe um palco dedicado exclusivamente ao bate-estaca. Vez ou outra, contudo, o gênero invade outros ambientes, sempre com sucesso.
A noite deste domingo, 13, o palco Onix experimentou aquele que talvez seja o público mais entregue de todo o festival. Com Jack Ü à frente, o público ferveu como nunca.
O projeto responsável por unir dois dos produtores e DJs dos mais poderosos na EDM contemporânea, Diplo e Skrillex, esquentou a noite, fez o público suar de tanto dançar e, ainda, certamente, fritou alguns cérebros.
Por mais que o show seja precisamente calculado, com pausas programadas nos momentos certos para fazer o público cantar nos refrões mais populares, há algo de anárquico na apresentação. Pode-se tudo. E, veja bem, esse tudo vai de um trecho de Hello, da britânica Adele, à Marcha Imperial, música executada quando Darth Vadder entra em cena durante a primeira trilogia da saga estelar Star Wars. Nesse molho, acrescente um sample de música de Wesley Safadão, de Work, de Rihanna, e do recente sucesso de Justin Bieber, Sorry.
Pôde-se tudo em favor da diversão. Diplo é um produtor competente naquilo que ele se propõe. Trouxe pitadas leves de R&B para as batidas tortas de Skrillex. O DJ, por sua vez, é ícone do não-tão-novo-assim dubstep. Reverte batidas e ritmos.
Quebra sons, como se os colocasse um aparelho eletrônico em um liquidificador e esquecesse de tampar o recipiente. Voam sons para todos os lados. Cérebros retorcidos pelas batidas amalucadas.
Eles jogam de acordo com a torcida. Pulam sobre o palco, hasteiam uma bandeira do Brasil e ainda executam hits populares, como Baile de Favela e Tá Tranquilo, Tá Favorável.
O público, que veio em peso até o distante palco Onix, vibrou como poucas vezes se viu nesta edição do festival.
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