
12 de março de 2016 | 19h10
Os cabelos grisalhos de Greg Graffin, vocalista do Bad Religion, podem até enganar, mas quem assistiu à apresentação da banda na tarde deste sábado, 12, no palco Skol do Lollapalooza, percebeu por que o grupo, pioneiro do punk rock, é tão respeitado. Com hits de mais de 30 anos de carreira, os californianos fizeram um show impecável, digno dos grandes artistas.
Se o line-up do festival não agradou ao público de uma maneira geral , restou a quem veio ao Autódromo de Interlagos se apagar aos "pequenos notáveis".
Greg Graffin mostrou afinação com o microfone. De Infected a Sorrow, o Bad Religion despejou uma enxurrada de clássicos. Os hits passaram por álbuns importantes da carreira: How Could Hell Be Any Worse? (1982), Suffer (1988), Recipe for Hate (1993) e Stranger Than Fiction (1994). 21st Century Digital Boy foi a segunda música da apresentação.
Durante três décadas, a banda californiana rompeu fronteiras sociais e questionou autoridades e crenças com singelos acordes de guitarra, tambores de bateria, letras inteligentes e uma vontade infinita de inspirar e provocar quem os ouvia.
"São Paulo, é muito bom estar de volta. Vocês estão incríveis. Estou me sentindo em casa. Essa é para lembrar os velhos tempos", disse Greg antes de emendar o clássico Do What You Want, do disco Suffer (1988).
Quando os primeiros acordes de American Jesus, última música do show, foram executados, a plateia veio abaixo. O hit, talvez o mais emblemático do grupo, tem o poder de hipnotizar a plateia de forma intensa. Quem estava longe do palco se aproximou rapidamente. Gritos ensurdecedores foram ouvidos a quilômetros de distância.
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