
12 de março de 2016 | 18h54
Outra atração inédita no Brasil que participa do Lollapalooza deste ano, o Cold War Kids fez um show apenas correto, que empolgou só no inicio. O público ouviu ainda na primeira metade da apresentação, que começou às 15h30 no Palco Axe, os hits Miracle Mile e Audience. Mas foi First, um dos grandes sucessos internacionais do ano passado, que mobilizou os espectadores com seu refrão pegajoso. "Eu só conheço essa música deles", disse uma moça que estava ao lado da reportagem.
A partir daí, houve uma dispersão significativa. Já eram 18h, hora de uma pausa para o espectador que chegou cedo ao Autódromo de Interlagos. O vocalista Nathan Willett tem aquela postura agressiva e natural do rock, que tenta manter a fama de mau, mas no fundo é um sujeito boa-praça. Porém, falta a ele a empatia que Ritzy Bryan, do The Joy Formidable, esbanjou naquele mesmo palco. Em um evento de música, essa atitude é essencial para segurar a plateia.
Dizer um "I love you, São Paulo" é muito pouco. O grupo de Long Beach, contudo, tem um trunfo que a coloca além de outras bandas do indie rock contemporâneo: a força melódica. O piano que Willett toca em algumas músicas se sobressai, ao lado do toque preciso do baterista veterano Joe Lummer. A primeira performance do Cold War Kids por aqui não teve nada de memorável.
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