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Livro recupera a trajetória dos Mutantes a partir dos discos

'Discobiografia Mutante – Álbuns que Revolucionaram a Música Brasileira', de Chris Fuscaldo, tem edição bilíngue mira também o público estrangeiro

Por Roberta Pennafort
Atualização:

RIO — Nos 50 anos da eletrizante estreia fonográfica dos Mutantes, título incontornável quando se publicam listas dos melhores discos de todos os tempos, os fãs da banda ganham Discobiografia Mutante – Álbuns que Revolucionaram a Música Brasileira (Garota FM Books), com histórias que envolvem a produção e gravação de seus 15 álbuns recuperadas pela jornalista, cantora e compositora Chris Fuscaldo. A publicação é bilíngue e não mira apenas no público brasileiro do trio.

Viabilizado por uma campanha de financiamento coletivo que contou com colaboradores daqui e de países como Escócia, Espanha, França, Peru e Los Angeles, o livro conta, por exemplo, como foram escolhidas as imagens das capas – na foto do inaugural Os Mutantes, Rita Lee está envolta numa toalha de mesa comprada por sua mãe num bazar de igreja, entre os irmãos Arnaldo, de quimono chinês, e Sérgio Dias Batista, de echarpe de bolas. A foto foi na casa do fotógrafo Olivier Perroy, o mesmo da antológica capa de Tropicália ou Panis Et Circencis, o disco coletivo que saiu também em 1968.

Os Mutantes em foto de novembro de 1967 Foto: Acervo Estadão

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A ideia Chris veio da efeméride. A semente foi a monografia de fim de curso de jornalismo, de 2002, justamente sobre a linguagem das capas, e as entrevistas com o trio que fez então e ao longo de sua trajetória profissional de 20 anos. “Não podia deixar passar o aniversário do disco em branco”, diz Chris, que escreveu também Discobiografia Legionária (Leya), que disseca os álbuns da Legião Urbana, e está lançando seu CD autoral Mundo Ficção

“Os fãs dos Mutantes sabem quase tudo, mas há informações novas, como a existência de uma fita do álbum Tecnicolor, gravado em 1970, com uma sonoridade diferente da que foi recuperada para o lançamento de 2000. Pouca gente sabe que Arnaldo passou na Inglaterra antes de voltar para São Paulo e gravou sintetizadores e overdubs, fazendo com que ele voltasse com uma cópia diferente da que o resto da banda tinha trazido. Ou seja: há material inédito!”, vibra Chris, ela própria ouvinte de Rita desde a infância e dos Mutantes a partir da adolescência.

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