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Livro faz declaração de amor à música brasileira

Brasil Rito e Ritmo faz homenagem apaixonada à história da composição clássica e popular ao longo do século 20, com apoio de um vasto material, incluindo textos, fotos e CDs. Veja Galeria

Por Agencia Estado
Atualização:

Feito com esmero por quem é apaixonado por música brasileira, o livro Brasil Rito e Ritmo - Um Século de Música Popular e Clássica (Aprazível Edições, 240 págs., R$ 180) está saindo do forno direto para as lojas da Livraria Cultura, com apoio da Bradesco Seguros e do Ministério da Cultura. Segundo o organizador do projeto, Leonel Kaz, Brasil Rito e Ritmo é para ser lido, ouvido e visto, uma vez que o mesmo vem bem abastecido com textos de Kaz, Ricardo Cravo Albin, João Máximo, Tárik de Souza e Luiz Paulo Horta, CDs (um de música popular e outro de música clássica) e um delicioso material fotográfico. Cada autor convidado ficou responsável por determinado período da nossa música, contextualizando-o dentro do momento político no qual originou. Historiador de MPB, crítico e comentarista, Ricardo Cravo Albin reconstrói dos tempos de Chiquinha Gonzaga à Era do Rádio. Na seqüência, o jornalista João Máximo se atém à relação de poder de Vargas com os compositores e se estende até a bossa nova. No capítulo Do Arrastão dos Festivais à Polifonia - MPB em Transe, o jornalista Tárik de Souza foca os festivais da canção, passa pelo tropicalismo e desemboca nos dias de hoje. Kaz assina o texto introdutório, tratando da miscigenação das raízes étnicas e das múltiplas influências na música brasileira, desde os primórdios do Brasil. Unindo todas as pontas, tem-se a trajetória da música brasileira ao longo do século 20, com reflexão final do crítico musical Luiz Paulo Horta, sobre a fusão da música popular e clássica. Todos capítulos têm vida independente, assim como as belas 200 imagens reunidas no livro, a maioria P&B, que não necessariamente dialogam com os textos. A cada nova página, elas enchem os olhos pela beleza plástica, pelo valor histórico e pelos personagens da música brasileira, em flagrantes, em grande parte, pouco conhecidos do público. As fotos foram pinçadas de um material inicial de 20 mil imagens, resgatadas de 23 arquivos, entre eles, da Agência Estado, do Arquivo do Estado, do Departamento do Patrimônio Histórico, do Museu da Imagem e do Som/Rio. Para o processo de pesquisa, Leonel Kaz contou com a colaboração de Wladimir Sacchetta, dono da Companhia da Memória (que acabou de prestar consultoria à minissérie Um só Coração) e sua equipe. Além de tudo já mencionado, existem outros detalhes, como o formato do livro, propositalmente com as mesmas medidas do LP; as páginas são envernizadas, para a oleosidade dos dedos não deixar marcas; e dois CDs acoplados na parte interna da obra. A seleção das músicas, aliás, foi um capítulo à parte. A autorização para o uso dos fonogramas junto a autores, intérpretes, entre outros envolvidos, mostrou-se mais trabalhosa do que propriamente a escolha das canções que integrariam o repertório dos discos. As gravações também receberam atenção especial: foram remixadas e remasterizadas.

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