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Lenine, embalado, estende "Na Pressão"

Depois do sucesso da turnê mundial, que passou por diversas cidades da Europa, músico agenda novas apresentações de seu último CD em São Paulo e Rio

Por Agencia Estado
Atualização:

Lenine passou quatro dos 11 meses deste ano 2000 viajando pelo exterior. Em junho e julho participou de diversos festivais europeus e tocou no Canadá e Japão. Obteve grande reconhecimento. Tanto, que em setembro precisou voltar ao velho mundo para fazer o circuito de casas noturnas. Somente na França foram 14 shows, nos teatros de Nancy, Paris, Toulouse. A experiência adquirida neste estágio internacional motivou o cantor e compositor pernambucano a agendar novas apresentações da turnê Na Pressão. Escolheu duas cidades para mostrar quão diferente está sua música. Em São Paulo, toca nesta sexta e sábado no Tom Brasil. No Rio, faz única apresentação no Olimpo, no próximo sábado, dia 25. Envolvido com muitos projetos para o ano que vem, entre eles a gravação de um novo disco, Lenine quer aproveitar o tempo que lhe resta neste século para descansar. Não enxerga estes próximos espetáculos como os últimos da turnê Na Pressão. "Ainda tenho compromissos marcados até o carnaval", explica. No entanto, pretende diminuir o ritmo. "Quero ter tempo para nada, para observar, para ler, assistir a um bom filme, ficar com os filhos, com a família", desabafa. "Este ano foi completamente atípico, valeu por três". Agito apenas no Rock in Rio, evento para o qual não foi convidado a participar, mas que pretende prestigiar: "quero ver os shows de Sting, Red Hot Chili Peppers, Regis Gisavo (Músico de Madagascar com o qual se apresentou na edição deste ano do Heineken Concerts e que toca na tenda de World Music) e Fernanda Abreu". Neste final de semana Lenine apresenta sua nova banda. Quem assistiu à última eliminatória do Festival da Música Brasileira da Globo, em que ele fez o show de encerramento, já conhece a nova formação. Ao lado dos antigos companheiros Pantico Rocha, baterista, e DJ Neck, que executa os samplers e programações eletrônicas, Lenine tem agora J.R. Tostoi nas guitarras e Marcelo Mariano no contra-baixo. "Quando do show na Globo, estávamos começando a tocar juntos. De lá para cá o entrosamento melhorou bastante." Nasce um clássico - Entre os planos para o ano que vem, dois já estão agendados. Lenine participa da Sinfonia do Rio de Janeiro, projeto encabeçado por Francis Hime que conta com grandes nomes da MPB. Também integra o elenco do musical Cambaio, de João e Adriana Falcão, que tem como destaque a trilha original de Chico Buarque e Edu Lobo. O pernambucano será o responsável pela direção musical. "Rapaz, o que dizer de fazer parte de um musical de Edu e Chico? Fiquei honrado, afinal, já nasce um clássico", diz. O disco novo, ele admite, só começa a gravar em março. "Mas ainda é muito cedo para comentar qualquer coisa". Está compondo, afinal, é este o seu ofício. Mas tem calma. Há a possibilidade concreta de o disco contar com a participação de uma banda russa. "O nome é em russo, como não falo o idioma, os chamo de Fair Land (Terra Distante), que foi como eles se apresentaram para mim", brinca. "O som é uma das coisas mais belas do momento", complementa. Lenine pretende ir a Moscou gravar as bases com os músicos estrangeiros. Depois, deve voltar ao Brasil e finalizar os arranjos ao lado de seus parceiros musicais. "Colocar o meu tempero", diz. Em junho de 2001 é bem provável que o novo trabalho esteja nas lojas. Lenine - Sexta e Sábado às 22h no Tom Brasil (Rua das Olimpíadas, 66. Vl. Olímpia); Preços: De R$ 30 a R$ 50; Informações e vendas com cartão: 3845-2326.

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