PUBLICIDADE

Laudo aponta erro médico na morte de Cássia Eller

Laudo divulgado hoje pelo Ministério Público Estadual afirma que há indícios de erro médico no atendimento à cantora, morta em 2001

Por Agencia Estado
Atualização:

O advogado da família da cantora Cássia Eller, Marcos André Campuzano, disse há pouco que o laudo divulgado hoje pelo Ministério Público Estadual "é uma vitória". O documento afirma que há indícios de erro médico no atendimento à cantora, que morreu de parada cardíaca em 29 de dezembro de 2001, horas após ter sido internada na Casa de Saúde Santa Maria, em Laranjeiras, zona sul. Campuzano admitiu a existência de "indícios" de que Cássia tenha ingerido álcool e cocaína e recebeu medicação errada. No dia 9 de novembro, ele se reunirá com a família de Cássia para decidir se entram com ação contra a clínica. Já o advogado da Casa de Saúde Santa Maria, Luiz Marcelo Lubanco, classificou o laudo como "factóide". Ele sustenta que a morte de Cássia foi natural e nega qualquer possibilidade de imperícia. Lubanco disse que o medicamento Plasil, apontado pelo laudo como uma possível causa da morte, é "inócuo" e que o atendimento oferecido à cantora seguiu protocolos estabelecidos mundialmente. Ele vai pedir à Justiça uma perícia técnica, a ser realizada por uma junta de cardiologistas, um químico e um farmacêutico, que examinariam o prontuário de Cássia e todos os documentos médicos sobre o caso. O advogado atribuiu ao "estresse" o quadro de agitação e desorientação apresentado pela cantora no dia da morte. Ele ressaltou que as duas únicas provas técnicas existentes são o laudo toxicológico do IML, que não detectou a ingestão de álcool ou de drogas, e o atestado de óbito, que traz como causa da morte enfarte agudo do miocárdio. "Não há nenhuma prova, em hipótese nenhuma, de que ela estivesse sob o efeito de álcool ou de drogas", afirmou Lubanco. "Pretendemos provar que a morte de Cassia Eller foi natural". O Ministério Público descobriu que os médicos da Casa de Saúde Santa Maria, em Laranjeiras, no Rio de Janeiro, trataram Cássia com o medicamento Plasil, o que pode ter provocado uma parada cardíaca fatal.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.