Juiz deve rejeitar provas do computador de Jackson

Promotores e advogados debateram o uso de material pornográfico encontrado no computador do astro no caso em que é acusado de abuso de menores. Veja fotos

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os advogados de Michael Jackson pediram ao juiz encarregado do julgamento do astro que ele proíba o uso de material pornográfico encontrado nos computadores do astro como evidência no caso em que é acusado de abuso de menores, por considerarem que isso não é relevante. O juiz Rodney S. Melville deu a entender que poderá aceitar o pedido, ao dizer que "tenho profundas reservas à idéia de autorizar que isso seja usado". O assunto foi tratado antes de o júri entrar no tribunal, pouco depois da chegada de Jackson, que chegou com bastante antecedência para a sessão. O artista, que se atrasou em outras duas sessões devido a tratamentos médicos, chegou hoje 20 minutos antes do horário marcado. O cantor acenou para os fãs que gritavam "Te amamos, Michael" e caminhou lentamente até o tribunal, sem ser amparado por outras pessoas, como aconteceu ontem e segunda-feira. O advogado de Michael, Robert Sanger, disse ao juiz que os promotores mostraram à defesa o material encontrado nos computadores do artista, e que nada do que foi visto era relevante porque não estava diretamente vinculado com Jackson ou com o período que ele passou com o garoto que o acusa de abuso. O promotor Gordon Auchincloss disse que o material incluía imagens adultas de adolescentes, bem como imagens de crianças em sites de adoção. Ele disse que os computadores estavam vinculados a Jackson porque foram encontrados em seu quarto e tinham codinomes que podem ser de Jackson. "Queremos usar essa evidência para mostrar que Michael Jackson sabe como usar o computador, que ele sabe como acessar material adulto em sites", disse Auchincloss. Jackson, de 46 anos, é acusado de abusar de um menino de 13 anos em seu rancho Neverland, entre fevereiro e março de 2003. Os promotores afirmam que Jackson mostrou material pornográfico a seu acusador e ao irmão dele, quando estiveram em Neverland. Além de abuso sexual, Jackson é acusado de dar bebidas alcoólicas ao menino e de conspirar para mantê-lo preso com sua família no rancho, para que participassem de um vídeo de reconstrução da imagem de Jackson, depois da exibição do documentário Vivendo com Michael Jackson, em que ele aparece de mãos dadas com seu acusador e diz que gosta de dividir a cama com crianças. "É material heterossexual e não está diretamente ligado ao caso", disse Sanger. "Mas quem acessa esse material está". Um dos codinomes achado no computador é Marcel Jackson, que os promotores sugerem que seja um pseudônimo de Jackson. Las Vegas O milionário Donald Trump e seus sócios querem levar Jackson para cantar no Hotel Cassino New Frontier, segundo a revista Us Weekly. O proprietário do New Frontier, Phil Ruffin, e o sócio dele Jack Wishna, já falaram várias vezes com representantes de Jackson sobre um contrato longo. A porta-voz de Jackson, Raymone K. Bain, disse à Associated Press que não sabia de nenhuma dessas conversas, mas não disse que elas não podem ter acontecido. Jackson já disse, há alguns anos, ter interesse em se apresentar em Las Vegas. O cantor visita freqüentemente a cidade, onde seus pais e sua irmã LaToya vivem.

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