Jazz puro ganha mais espaço no Free Jazz

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Por Agencia Estado
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Mais de um século de jazz desfila pelos palcos do Jockey Club, em São Paulo. Começa com a parada de brass do grupo The New Orleans Nightcrawlers, amanhã à noite, e prossegue com a bateria de Chico Hamilton, o piano de Randy Weston, o saxofone parkeriano de Phil Woods. Nenhum aspecto do leque jazzístico vai estar descoberto este ano. Estará em cena um cantor de jazz na tradição estrita de Joe Williams, o venerando Bill Henderson, de 71 anos, acompanhado de um quarteto. E, substituindo o influente Art Van Damme (que sofreu um enfarte na segunda-feira), estará se apresentando um guitarrista de vanguarda, Pat Martino - músico que sofreu um aneurisma cerebral e teve de reaprender tudo, já maduro, transmutando sua arte. Melodista da bateria, raro sobrevivente de uma era de ouro do jazz, Chico Foreststorn Hamilton, à beira dos 80 anos, traz seu quinteto ao festival. Ele tem um currículo largo, de experiências generosas e sem preconceito, tendo feito parte do quarteto de Gerry Mulligan e Chet Baker nos anos 50. Outra lenda é o pianista nova-iorquino Randy Weston, de 75 anos, discípulo de Thelonious Monk. Ele traz consigo alguns dos grandes standards do jazz, que - modestamente - compôs: Little Niles e Hi-Fly. E Benny Golson revive no palco aquela que foi a maior academia do gênero, os Jazz Messengers de Art Blakey. Um fino cardápio.

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