PUBLICIDADE

Jane Monheit mostra clássicos em dose dupla

Incluindo composições brasileiras, jovem cantora americana estará hoje no Bourbon Street e amanhã (com a Jazz Sinfônica) no Memorial da América Latina

Por Agencia Estado
Atualização:

O vocal afinadíssimo e suave de Jane Monheit vai invadir o Bourbon Street hoje à noite. A cantora americana de jazz vem apresentar seu mais recente trabalho, The Very Best of Jane Monheit, após realizar três shows no Rio. Amanhã, a Orquestra Jazz Sinfônica vai acompanhá-la em apresentação especial que fará no Memorial da América Latina. A direção é de João Maurício Galindo e do maestro Cyro Pereira. No repertório, clássicos como It Might as Well Be Spring, Over the Rainbow, Haunted Heart e versões para Caminhos Cruzados, de Newton Mendonça e Tom Jobim, e Começar de Novo, de Ivan Lins. Nascida em 3 de novembro de 1977 em Oakdale, Nova York, Jane começou a estudar canto, aos 17 anos, com Peter Eldridge no Manhattan School of Music. Pouco depois montou um quinteto com colegas de faculdade, entre eles Rick Montalbano, com quem foi casada em 2002 e que integra a sua banda até hoje. Em 1998, aos 20 anos, Jane ganhou o segundo lugar entre vocalistas no Thelonious Monk International Jazz Competition, um dos mais disputados concursos entre músicos de jazz nos Estados Unidos. Foi no ano de 2000 que a cantora lançou seu primeiro álbum, Never Never Land, acompanhada de célebres jazzistas como o pianista Kenny Barron, o baixista Ron Carter e o saxofonista David "Fathead" Newman. O álbum figurou no topo da lista de jazz da Billboard durante um ano e foi escolhido como o melhor disco de estréia pela Associação de Jornalistas de Jazz. Over the Rainbow, música imortalizada pela voz da mãe de Liza Minelli, Judy Garland, na pele de Dorothy em O Mágico de Oz, foi incluída pela primeira vez no segundo álbum de Jane, Come Dream with Me, lançado em maio de 2001. Em 2002 veio In the Sun, que além de incluir clássicos como Cheek to Cheek e It Never Entered My Mind, trouxe pela primeira vez as brasileiríssimas Chega de Saudade, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, e Começar de Novo, de Ivan Lins. No sexto CD que estará lançando hoje e amanhã em São Paulo, Jane interpreta Águas de Março e Dindi, mais duas de Jobim, em versões inglesas. Nesta sua quarta vinda ao Brasil, Jane chega acompanhada por sua banda formada pelos músicos Rick Montalbano (bateria), Mike Kanan (piano), Orlando Le Fleming (baixo), Miles Okazaki (guitarra) e Ari Ambrose (sax). Taking a Chance on Love foi o seu quarto CD lançado em setembro de 2004. Inspirada por filmes clássicos dos anos 30 e 40, cuja paixão é inegável, Jane interpreta no álbum clássicos de Cole Porter (In the Still of the Night), Harold Arlen e E. Y. Harburg (Over the Rainbow), Thomas "Fats" Waller e Andy Razaf (Honeysuckle Rose), além de fazer um dueto com Michael Bublé em I Won´t Dance. A música que dá nome ao CD, de Vernon Duke, John Latouche e Ted Fetter, ganha uma bela interpretação. Dancing in the Dark, também presente no álbum, foi nomeado para o Grammy na categoria melhor arranjo instrumental com acompanhamento vocal. Em julho de 2005, Jane lançou seu quinto álbum, Season, sob temática natalina. "Eu sou uma daquelas pessoas que são simplesmente apaixonadas pelo Natal. Venho pensando e amadurecendo a idéia deste álbum desde que me entendo por gente", brincou a cantora. A sua grande inspiração, admite, foi o álbum Ella Wishes You a Singing Christmas, de 1960, cantado por ninguém menos que a diva Ella Fitzgerald. Jane Monheit. Bourbon Street Music Club (450 lug.). R. dos Chanés, 127, Moema, 5095-6100. Hoje, 21 h. R$ 30.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.