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James Blunt volta a São Paulo em nova fase mais festiva e eletrônica

Artista faz show único no País no Tom Brasil, no dia 25 de fevereiro, no Tom Brasil

Por Pedro Antunes
Atualização:

Caso você já ache que 2018 está ruim, saiba que James Blunt está vindo para São Paulo pela quarta vez ao final de fevereiro. E o leitor que interromper a leitura por aqui e passar a distribuir bravatas a respeito de quem aqui escreve, saiba que foi justamente com esse humor bem britânico, extremamente autodepreciativo e, convenhamos, tentador, que Blunt anunciou, no fim de 2016, que lançaria um novo disco no ano seguinte – veja na reprodução do tuíte abaixo.

James Blunt volta a São Paulo Foto: Jimmy Fontaine

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E é com The Afterlove, o álbum lançado em março de 2017, que Blunt retorna ao País pela quarta vez, com uma apresentação única em São Paulo, no dia 25 de fevereiro, no Tom Brasil. 

Em papo por telefone, o compositor de You’re Beautiful e Goodbye My Lover comenta o novo momento na carreira, cuja sofrência pop era bastante marcante, principalmente nos dois primeiros discos dele, Back to Bedlam (2004) e All the Lost Souls (2007). The Afterlove é o quinto álbum de Blunt, um disco que não sofre por um amor perdido e, sim, celebra aquele momento pós-fossa, mais festivo. Por isso, também dá um salto na sonoridade escolhida, faz escolhas estéticas mais eletrônicas e sintéticas, para começar a nova fase.

Confira, a seguir, a entrevista com o artista de Londres que repetiu, algumas vezes, estar feliz por voltar ao Brasil:

Você optou por uma forma pouco tradicional e bastante bem-humorada, pelo Twitter, para anunciar o disco The Afterlove. De onde surgiu essa ideia?  Sabe, gosto de brincar com essas coisas. E a minha gravadora (Atlantic UK, embora, no Brasil, o disco saia pela Warner Music) queria que eu falasse algo como ‘compre meu disco!’. Não queria algo que fosse muito de vendedor, entende? Queria que fosse mais pessoal, como eu brinco com os meus amigos. 

Então, 2016 foi um ano difícil. E 2017? E 2018? As coisas estão melhores na sua opinião?  Bom, para mim, sim. Estou voltando para São Paulo! 

Antes mesmo de o disco sair, você avisava as pessoas de que ele soaria diferente dos álbuns anteriores. Por que era importante, para você, dar esse aviso?  Por que era importante? Eu não sabia como o disco soaria até que começasse a gravar. Eu demorei muito tempo fazendo e queria que fosse algo cheio de energia. Quando terminei, percebi que o álbum estava exatamente como eu queria. Foi uma surpresa até para mim. Ao mesmo tempo, agora em turnê, fui percebendo que as pessoas também querem ouvir as canções antigas. Então, é claro que vou tocar todas elas.

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Mas houve um salto estético aqui, para algo mais eletrônico. Como essas músicas novas estão se comportando quando executadas ao lado dos hits?  Para mim, acho que elas estão funcionando muito bem. Eu tenho uma banda incrível que me acompanha. Quando vocês de São Paulo ouvirem, vão saber o que estou dizendo. É tudo bastante excitante, nada feito por computador, é tudo tocado por humanos reais (risos). 

Foi um disco gravado ao longo de dois anos, foi isso?  Sim, eu acho que fiz umas 100 canções para o disco. 

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Cem??? Exato! Normalmente, eu faço umas 20 músicas para um disco, mas, para mim, era importante que todas as canções desse álbum fossem fortes. Hoje em dia, quando você lança um disco, as pessoas vão ouvi-lo por Spotify ou outro serviço desses de música por streaming. E elas vão ouvir em ordem randômica, colocar as favoritas em playlists. Por isso, tudo precisava ser especial. 

É interessante o conceito de ‘pós-amor’ do título do disco. É um álbum para embalar a festa depois dos momentos de choro?  É por aí. As músicas nasceram de pontos diferentes. Algumas podem ser sobre pós-amor por um vício por álcool, por exemplo, mas acho que você está no caminho certo. 

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