Isaac Karabtchevsky assume orquestra carioca

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Por Agencia Estado
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Isaac Karabtchevsky é o novo diretor artístico da Orquestra Petrobrás Pró-Música. O maestro, que atualmente já dirige a Sinfônica de Porto Alegre e a Orquestra do Vale do Loire, na França, foi escolhido por unanimidade em assembléia de músicos realizada na tarde de terça-feira. Ele vai substituir o maestro Roberto Tibiriçá, no cargo desde 1999, que faz seu último concerto como diretor do grupo carioca no dia 21, no Teatro Municipal do Rio. Um dos mais experientes regentes brasileiros, Karabtchevsky já esteve à frente de instituições como a Orquestra Sinfônica Brasileira e o Teatro Municipal de São Paulo. A decisão de substituir Tibiriçá foi tomada pelos músicos da Petrobrás Pró-Música em assembléia realizada no fim de julho, e comunicada oficialmente em agosto, por meio de um documento no qual representantes da orquestra falavam da "insatisfação crescente entre as estantes da OPPM com relação ao temperamento forte do maestro, sua maneira de lidar com os músicos e seus critérios na condução da programação artística". As primeiras observações com relação ao trabalho do maestro Tibiriçá apareceram, na verdade, na ata da Assembléia dos músicos de 2001. A OPPM é, desde 1987, uma associação sem fins lucrativos. Possui um corpo de associados compostos de 71 músicos, mais o diretor executivo da orquestra, Carlos Eduardo Prazeres, que, desde 92, tem "voz ativa nas decisões da orquestra", segundo a nota oficial. Estes associados reúnem-se bienalmente em assembléias: em uma delas, em 1999, é que Tibiriçá foi escolhido regente do grupo, patrocinado pela Petrobrás. A assembléia deste ano estava marcada apenas para dezembro mas, no dia 16 de maio, o maestro formalizou seu pedido de demissão, "em caráter irrevogável". A assembléia, então, foi antecipada para 29 de julho. Um dia antes, porém, Tibiriçá enviou uma carta aos músicos comunicando, segundo a nota oficial, que havia voltado atrás em sua decisão. Insatisfeitos com o dia-a-dia da orquestra, porém, os músicos decidiram manter a assembléia, votando pela saída de Tibiriçá após o fim de seu contrato.

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