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Ira Levin assume orquestra do Teatro Nacional

Ex-diretor da Sinfônica Municipal de SP, quer criar nova realidade para o conjunto

Por Agencia Estado
Atualização:

O maestro Ira Levin é o novo diretor artístico e regente titular da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, em Brasília. Ex-diretor da Sinfônica Municipal de São Paulo, cargo que ocupou de 2002 a 2005, Levin afirma que pretende levar a orquestra em direção a um novo repertório - e recai sobre ele a esperança de devolver ao conjunto lugar de destaque dentro do panorama orquestral do País. ´A situação que encontrarei aqui será em muitos sentidos parecida com a que encontrei ao chegar em São Paulo em 2002´, diz o maestro ao Estado. ´Será importante desafiar a orquestra, fazê-la enfrentar um repertório mais amplo e diversificado. Acredito que, pela primeira vez em muitos anos, ela terá uma programação longa e variada, o que vai exigir muita disciplina e trabalho duro de todos os envolvidos, inclusive da minha parte.´ Levin passa a ocupar o posto que até o final de 2006 era do maestro Sílvio Barbato, também regente titular da Sinfônica do Municipal do Rio. A escolha de seu nome foi feita pelo governador Roberto Arruda e pelo secretário de Cultura Silvestre Gorgulho. ´Para eles é fundamental a idéia de que a capital do País precisa ter uma orquestra de nível internacional´, diz o maestro. E, para que isso aconteça, pretende introduzir uma série de obras novas para o conjunto e já planeja ciclos de compositores como Haydn, Bruckner, Mahler e Sibelius, de quem pretende fazer, em setembro, mês do 50º aniversário da morte do compositor, a estréia no Brasil da Sinfonia Kullervo. ´Os aniversários de Camargo Guarnieri, Villa-Lobos e Tom Jobim também serão lembrados, da mesma forma que acredito na importância de tornar rotina a interpretação de obras de autores brasileiros vivos´, completa o maestro, que afirma estar trabalhando em uma temporada que leve a Brasília os principais regentes e solistas do País. ´E, estando na capital brasileira, vamos tentar também trabalhar com as embaixadas tendo em vista possíveis intercâmbios de artistas e de projetos.´ Mesmo sem ter programado óperas para 2007, Levin garante que o gênero será uma de suas prioridades durante a estada em Brasília.

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