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Homenagem a 4 grandes nomes da música brasileira

Elenco de primeira, incluindo Ney Matogrosso, Paulinho da Viola e Dominguinhos, interpreta obras-primas de Luiz Gonzaga, Pixinguinha, Tom Jobim e Villa-Lobos

Por Agencia Estado
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Quatro pilares da música brasileira popular e erudita, símbolos de inovação e donos de obra grandiosa, pautada pela qualidade artística, Villa-Lobos (1887-1959), Pixinguinha (1898-1973), Luiz Gonzaga (1912-1989) e Tom Jobim (1927-1994) serão homenageados nesta sexta-feira e no sábado no palco do Teatro Alfa. Concebido por Myriam Taubkin e Gabriel Fontes Paiva, o show tem direção cênica e de arte de Márcio Aurélio, com videocenário de Marcelo Rosenfeld e arranjos de Edson Alves, Thiago Costa, Benjamim Taubkin e Luis Felipe Gama. Além de Gama, o elenco conta com um generoso número de intérpretes e músicos de primeira linha, como Ney Matogrosso, Dominguinhos, Paulinho da Viola, Fábio Zanon, Ana Luiza, Cris Aflalo, Proveta, Zeca Assumpção, Toninho Carrasqueira, Paulo Sérgio Santos, Guelo e outros. Ney Matogrosso, que já gravou Villa-Lobos e Tom Jobim, "procurando o mais próximo um do outro" vai cantar Pixinguinha pela primeira vez. "Eu nem sabia que ele tinha uma obra com letra", surpreende-se. Mas para ele, dos quatro o mais desafiador para um intérprete é Tom Jobim. "Tem aquelas melodias que fazem a gente apanhar", brinca. O projeto, segundo esclarece Myriam Taubkin, não pretende nada além de mostrar a beleza da obra desses artistas. Foram escolhidos "clássicos para o público se identificar e ter a oportunidade de ouvir músicas que têm na lembrança, mas com arranjos novos, algumas interpretações não muito usuais e com encontros, alguns deles acontecendo pela primeira vez num palco" Entre os temas mais conhecidos do repertório estão Asa Branca, Chega de Saudade, O Trenzinho do Caipira e Carinhoso. O show teve uma única apresentação fechada em março para comemorar os 75 anos da empresa Roche. "Pensando em traçar uma panorama desses últimos 80 anos da nossa música, unimos artistas de grande relevância, inventores, cada um no seu caminho. Villa-Lobos, não há dúvida, é o grande gênio, tem uma obra imensa, escreveu para todos os instrumentos, revolucionou o violão brasileiro", exemplifica Myriam. "Pixinguinha é o precursor do choro e talvez o primeiro grande arranjador de música brasileira. Luiz Gonzaga é um grande revolucionário da música do Nordeste, mudou completamente a função da sanfona na música brasileira, tem uma força muito grande", prossegue. "E Tom Jobim bebeu nessas fontes todas, mas não só nessas. Então ficou bonito se mostrar essa trilha da nossa música." Villa-Lobos, Pixinguinha, Luiz Gonzaga e Tom Jobim. Teatro Alfa. Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722, (11) 5693-4000. Sáb., 21 h; dom., 18 h. R$ 30 a R$ 80

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