Há exatos 30 anos, morria Marvin Gaye

Se estivesse vivo, ícone da soul music completaria 75 anos

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Por Redação
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Um dos artífices da soul music, Marvin Gaye morria há exatos 30 anos. Se estivesse vivo, ele faria nesta quarta-feira, 2, 75 anos. O músico, que iniciou sua carreira na Motown, principal celeiro da música negra americana nos anos 1960, teve uma carreira de grandes sucessos. Ain't No Mountain High Enough, I Heard it Through The Grapevine, What's Going On e Mercy Mercy Me são alguns de seus hits, até hoje ouvidos em programações flashback de rádio.

Depois do grande sucesso de Sexual Healing, em 1982, que lhe rendeu dois prêmios Grammy, Gaye começou a ter crises depressivas e falava em suicídio. Ao se mudar para a casa do pai, o pastor Marvin Pentz Gaye Sr., os conflitos entre ambos se tornaram constantes. A última briga foi fatal. Um dia antes de completar 45 anos, o artista morreu com um tiro de espingarda disparado pelo pai. A arma foi presente do filho.

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Gaye nasceu em Washington em 2 de abril de 1939. Como a maior parte de seus contemporâneos da Motown, começou cantando em igrejas. O pai, que tocava piano, era severo e batia no filho. Nos anos 1950, formou o quarteto vocal The Marquees. Após o fim do grupo se tornou músico de estúdio. Após conhecer o dono da Motown, Berry Gordy, lançou o primeiro single em 1961. Ele ficou 15 anos na gravadora.

Sua principal parceira no início da carreira era a cantora Tammi Terrel, com quem gravou vários duetos. Sua morte em 1970, aos 24 anos, deixou Gaye abalado e foi um dos pontos de inspiração de What's Going On, álbum no qual o inconformismo com o racismo e a violência policial dá o tom. Em 1985, a publicação inglesa New Musical Express o definiu como melhor álbum de todos os tempos.

Após sua morte, Gaye foi incluído no Rock and Roll Hall of Fame, em 1987. Seus discos continuam a ser relançados, em edições especiais, boa parte delas contendo faixas extras. Rappers da nova geração, como Jay-Z, têm Gaye como uma de suas principais referências.

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