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Gustavo Dudamel leva Filarmônica de Los Angeles em turnê nos EUA

Por DANA FORD
Atualização:

Atenção, América - ou melhor, Estados Unidos da América -, Gustavo Dudamel está a caminho. No próximo 10 de maio o regente titular da Filarmônica de Los Angeles vai embarcar em sua primeira turnê norte-americana como diretor musical da "L.A. Phil", como a orquestra é apelidada, apresentando o regente que é conhecido como o astro de rock do mundo da música clássica, além de sua nova orquestra, ao público de oito grandes cidades dos EUA. Vários meses depois de assumir a direção de uma das maiores orquestras do mundo, Dudamel, 29 anos, está se acostumando ao novo cargo, buscando dissipar o hype que acompanhou sua nomeação e focar no trabalho. Sempre que pode, ele difunde entre os fãs uma mensagem que parece incomum nesta cidade de astros de Hollywood e magnatas da mídia: "O importante não é Gustavo Dudamel, não é sequer a Filarmônia de Los Angeles - é a comunidade." Para os amantes da música de Los Angeles, que já conhecem o emotivo Dudamel, seu chamado à responsabilidade cívica soa familiar, mas para pessoas de fora ele representa uma novidade no mundo aparentemente fechado das orquestras e da música clássica. Nascido e criado na Venezuela, Dudamel é o produto mais famoso do "Sistema", uma rede de escolas de música que oferece instrumentos e aulas de música a crianças de origem humilde. O programa é conhecido em todo o mundo por produzir músicos incríveis e inspirar nas pessoas uma apreciação duradoura pela música. Dudamel quer reproduzir o sistema em Los Angeles. Ele já fundou algumas orquestras locais de jovens, que rege ocasionalmente, e quer tornar a música acessível a todos. Além de seu desejo de levar a música erudita à comunidade, Dudamel frequentemente corrige as pessoas que pensam que "América" é apenas os Estados Unidos. Ele costuma observar que existem a América do Norte, Central e do Sul, com muitos países em cada região. Na verdade, a Filarmônica de Los Angeles está apresentando um programa intitulado por Dudamel de "Américas e americanos", que ele descreve como tendo "o objetivo de nos ligar como um povo, para que as fronteiras se dissolvam e possamos encontrar os elementos e momentos musicais comuns que unem a América do Norte e do Sul". Os programas já destacaram obras do argentino Osvaldo Golijov e do venezuelano Antonio Estevez, além de compositores norte-americanos como Aaron Copland e Leonard Bernstein.

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