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Guitarrista Robben Ford faz show em São Paulo no dia 26

Músico venerado por instrumentistas fala ao 'Estado'

Por Jotabê Medeiros
Atualização:

Aos 62 anos, o californiano Robben Ford pode ser encontrado facilmente em qualquer lista dos 100 maiores guitarristas da História. Uma reputação que ele construiu não como um cavaleiro solitário do instrumento, mas com um notável senso de colaboração que começou aos 18 anos, quando o gaitista Charlie Musselwhite o recrutou para tocar consigo. Desde então, Ford tocou com um leque notável de músicos, de George Harrison (Beatles) e Bob Dylan a Miles Davis e Joni Mitchell. Está na formação que originou os Yellowjackets. Notável instrumentista, ele desembarca no Club A São Paulo (dentro do hotel Sheraton WTC) no próximo dia 26, acompanhado de Brian Allen (baixo) e Wes Little (bateria), para uma apresentação única na cidade. Ford falou com exclusividade ao Estado por e-mail, há alguns dias.

Seu novo disco, A Day in Nashville, foi gravado ao vivo, mas com material inédito. Gostaria de saber qual foi a intenção. Por que um disco de estúdio para mostrar material novo? Era para ser três shows ao vivo gravados na Alemanha, mas a gente estava insatisfeito com a qualidade das gravações. O coprodutor Rick Wheeler sugeriu que nós refizéssemos tudo num ambiente controlado de estúdio, com alguns convidados, e gravasse como se fosse um show ao vivo. Funcionou bem.Um dos novos darlings da guitarra, Joe Bonamassa, é um músico que parece tentar estabelecer pontes entre o blues e o hard rock, e muitas vezes soa como se fosse heavy metal. Mas a sua escolha sempre foi, desde o começo, por um toque macio, você é sempre melódico, lento. Por quê? Sempre fui impulsionado para um tipo de música que exibisse alguma beleza, sons naturais e um sentimento de liberdade e pouco esforço. E que, ao mesmo tempo, mantivesse um alto calibre de artesanato musical. Gosto de música que fala ao ouvinte, com algum pequeno grunhido aqui e ali.Muitos críticos o veem com uma proximidade maior com o jazz do que com o blues. Mas, nesse seu novo disco, você parece focar mais no blues, especialmente em canções como Cut you Loose, de James Cotton, e Poor Kelly Blues, de Maceo Merriweather. Como vê sua ligação com o blues? Sempre houve uma forte influência de jazz no meu jeito de tocar blues, talvez mais do que você possa ouvir em outros guitarristas. Gosto da sofisticação da linguagem do jazz aliada à música cheia de alma do blues.

Sempre houve uma influência do jazz no meu jeito de tocar blues, mais do que em outros guitarristas que você possa ouvir

Houve uma notícia de que você tinha se machucado recentemente. Foi sério? Como está de saúde?

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