Grupo de reggae Black Uhuru é atração no carnaval baiano

Derrick ?Duckie? Simpson diz que está mais que pronto para vir ao País

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Por Agencia Estado
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Um dos grupos de reggae mais famosos dos anos 70, o Black Uhuru, vai sair na segunda-feira de Carnaval no circuito Barra-Ondina, fazendo sua estréia (32 anos depois de formado) em cima de um trio elétrico no agitado Carnaval da Bahia. O Black Uhuru vai tocar no bloco Skol d+, que já está trazendo Fatboy Slim e a dupla Layo e Bushwacka para a festa baiana. O líder da banda, além de principal vocalista e compositor , Derrick ?Duckie? Simpson, falou à reportagem esta tarde, de Kingston, Jamaica, por telefone. ?Já faz mais de uma década que não vou ao Brasil. Estou mais que pronto?, disse Duckie, que vem ao Brasil acompanhado de Michael Rose (vocalista), Ryan Bailey e Alisson Maureen Campbell (backing vocals). Primeiro grupo de reggae a ganhar um Grammy (pelo disco Anthem, de 1983), o Black Uhuru vai ser acompanhado no Brasil pelo grupo Cidade Negra - eles vêm apenas como espécie de MCs. Um dos álbuns do Black Uhuru, Red (1981), foi colocado numa lista da revista Rolling Stone como um dos 100 melhores do reggae de todos os tempos, acima de alguns clássicos de Bob Marley. Simpson disse que pretende lançar um novo disco em abril, e que, embora seja adepto do reggae em estado bruto, terá misturas novas a mostrar, com hip-hop e dancehall no repertório. Elogiou Welcome to Jamrock, o disco novo do caçula de Bob Marley, Damian Marley. ?Não é um disco puro de reggae, é uma fusão, tem bastante hip-hop, mas é bom?, afirmou. ?Quanto ao Matisyahu, não ouvi ainda a música dele. Saiu uma reportagem sobre ele no jornal aqui na Jamaica, mas não sei se é bom?. Definitivamente, Duckie não gosta do R&B americano, de cantoras como Beyoncé e afins. ?Não gosto, prefiro a velha R&B, aquela de antigamente?. Duckie diz que, apesar de ter ganhado dos ex-colegas de Black Uhuru (Ervin Spencer e Garth Dennis) a disputa por levar o nome da banda adiante, nunca ganhou muito dinheiro com o grupo. Ele ainda acusou o produtor Chris Blackwell, da Islands Records, de ter passado a perna no Black Uhuru. ?Foi um desastre assinar com ele. Nunca recebi um centavo. Fizemos cinco álbuns para ele?. ?Não tenho nenhuma ambição de ir ao topo com o reggae. Minha ambição é fazer boa música. E, sim, eu quero continuar conectado à velha escola do reggae?. Pessoalmente, diz que adora ouvir os novos estilos, como o dancehall, e ainda gosta de Grace Jones.

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