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Gil, cotado para ser o vice de Lula

Circula no meio artístico a tese de que Gilverto Gil seria um candidato surpresa a vice-presidente de Lula na eleição deste ano

Por Agencia Estado
Atualização:

Ao final de um jantar com três integrantes da banda irlandesa U2, em sua casa em Salvador, no Horto Florestal, o ministro da Cultura, Gilberto Gil, falou com exclusividade ao Estado e deu muita risada quando indagado sobre determinada tese que tomou o meio artístico, tese que o projeta como um candidato surpresa a vice-presidente de Luis Inácio Lula da Silva na eleição deste ano. ?Isso foi Luiz Carlos Barreto (produtor de cinema) quem disse. Saiu da cabeça dele?, afirmou. Na tese que circula, Gil seria uma terceira via para uma ?chapa pura?, deixando para trás nomes como o da ministra da Casa Civil, Dilma Roussef. Gil teria a seu favor o fato de não ser político profissional e não ter rejeição entre os diversos partidos, inclusive da oposição. Mas o ministro da Cultura crê que o vice de Lula sairá mesmo do PMDB, e o acerto com o partido deverá ser decidido logo após o primeiro turno. Ele também comentou um princípio de vaia com que o público presente ao Morumbi reagiu, no show do grupo U2, na terça, às menções de seu nome e do presidente Lula pelo vocalista Bono. ?Ouvi alguma vaia, mas foi no momento em que apareceram no telão o Lula e o Bush. Não ouvi depois. É compreensível. É São Paulo, não é? Tem essa indisposição recente da classe média paulistana com o governo, graças às denúncias de corrupção?. O ministro recebe logo mais, no camarote Expresso 2222, a visita do grupo irlandês para assistir ao desfile dos blocos carnavalescos que abre o carnaval baiano. Gil comentou também a pesquisa Datafolha, que mostra o presidente Lula superando seu principal adversário, José Serra (PSDB) no primeiro e segundo turnos, assim como os demais candidatos. ?É uma grande recuperação. O que mais chama a atenção é o crescimento da intenção de voto entre a classe média. Isso mostra que, hoje, já não há mais aquela decisiva influência dos mais ricos sobre a opinião dos mais pobres. Não é mais ?aonde a vaca vai o boi vai atrás?. Agora, é o a vaca que está indo atrás do boi?, afirmou.

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