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Gig Nova 3: conheça quem são os músicos selecionados pelo Estadão

O projeto que mapeia os melhores instrumentistas do País vai realizar sua terceira edição na noite desta sexta (24), na casa Tupi or not Tupi, na Vila Madalena. Aqui, um perfil dos participantes, que estarão em formações inéditas armadas pelo jornal

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Por Redação
Atualização:

O projeto de mapeamento dos melhores instrumentistas de São Paulo chega à terceira edição. Idealizado e coproduzido pelo jornalista do Estadão, Julio Maria, em parceria com a produtora Debora Venturini, o Gig Nova 3 identifica mais 15 nomes dentre uma das mais brilhantes safras de músicos em muitos anos no País e os agrupa em quatro gigs. Contrabaixistas, violonistas, guitarristas, pianistas, bateristas, percussionistas, saxofonistas, clarinetistas, violinistas... Quartetos e trios se apresentarão na mesma noite, um após o outro, por 30 minutos cada. Uma demonstração de criatividade efervescente que tem lotado a aconchegante casa de shows Tupi or not Tupi, na Vila Madalena. A Gig 3 será nesta sexta-feira (24), no mesmo endereço: Rua Fidalga, 360. A partir das 21h.

A terceira 'Tropa de Elite' Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

Veja quem é quem no Gig Nova 3

GIG 1

TIAGO COSTA (piano)

O pianista Tiago Costa Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

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1. Como a música surgiu para você?

Meu pai colecionava discos e minha mãe me levava com frequência à apresentações musicais como da Orquestra Sinfônica de Campinas, onde cresci, o que me colocou em contato com um idioma musical variado e de qualidade.

O piano veio até mim quando fui morar fora do pais com minha mãe numa cidade onde fazia - 25ºC e nevava muito. Havia um piano na casa que foi o meu grande companheiro no longo inverno no pais de língua estrangeira.

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2. Quais as influências que ajudaram a formar sua identidade?

Um caldeirão com Jobim e toda a MPB dos anos 70 e 80, Egberto Gismonti, Hermeto Pascoal, Cesar Camargo Mariano, o jazz da década de 50 e 60, o jazz europeu e os compositores franceses e russos da virada do século 19 para o 20

3. Pode citar alguns principais trabalhos que já fez?

Como pianista :  Vento em Madeira, duo com Teco Cardoso e Quinteto Reunion (com Chico Pinheiro, Edu Ribeiro, Felipe Salles e Bruno Migotto) Como arranjador: Orquestra Jazz Sinfônica, OSESP, Orchestre National D'ile de France e Israel Chamber Orchestra. Venho atuando desde 2015 como regente convidado da Orquestra Jovem Tom Jobim onde também faço parte do conselho artístico. Sou  pianista, compositor e arranjador transitando entre a música instrumental, a canção e a música orquestral. Ganhei destaque como arranjador e tive peças gravadas dentro e fora do Brasil. 

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4. O que é música para você?

Arte imaterial. Universal e particular. Evidente e invisível.

5. Mais sobre Tiago Costa:Formado em música pela UNESP, atua como pianista ou arranjador com artistas como Chico Pinheiro, Lea Freire, Maria Rita, Lenine, Rosa Passos, Dori Caymmi, Joyce, Sérgio Santos, Cesar Camargo Mariano, Milton Nascimento, Jane Monheit, Maria Gadú, 5 a Seco, Regina Carter, Mônica Salmaso & Pau Brasil, Lenine, Edu Lobo, Zizi Possi, Roberta Sá, Céu, Stefon Harris, Stanley Jordan, Dave Liebman, Trio Corrente, Maurício Einhorn, Fabiana Cozza, Luiz Melodia, Paulinho da Viola e Rosa Passos. Como arranjador, teve seu trabalho executado pela OSESP – Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Orquestra Sinfônica Brasileira, Orquestra Jazz Sinfônica, Orchestre National D’ile de France, Copenhagen University Big Band, Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, Ahn Trio (NY). Ao lado de Maria Rita participou como pianista e arranjador do disco de estreia da cantora assim como nos discos ganhadores do Grammy “Segundo” e “Redescobrir”.

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MARCELO COELHO (sax)

Marcelo Coelho Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

1. Como a música surgiu para você?

A música surgiu aos quatro anos, numa difícil escolha entre uma bola ou um violãozinho de compensado barato com cordas de nylon. Tenho clara lembrança da razão da minha escolha: o violãozinho seria mais divertido!

2. Quais as influências que ajudaram a formar sua identidade?

A minha identidade musical está atrelada ao meu amadurecimento psíquico e espiritual, ambas fortemente influenciadas pelo som-obra-vida de John Coltrane. Durante este processo, houve também um caso de amor à primeira escuta-prática: José Eduardo Gramani! 

3. Pode citar alguns principais trabalhos que já fez?

Fiz a estreia mundial do Concerto para Sax Soprano e Orquestra Sinfônica, com regência do maestro Roberto Duarte. E a estreia mundial do concerto Nebulae para Saxofone Soprano e Grande Orquestra, com regência de Marcello Stasi. Na área popular, fiz shows com o trio Guinga e David Liebman convidam Marcelo Coelho, com o Duo Guinga & Marcelo Coelho, shows como solista convidado de BigBands e diversos outros projetos instrumentais, além de apresentações com os projetos instrumentais autorais MC4+, Marcelo Coelho & McLAV.In, FLAC; Marcelo Coelho e Rodrigo Dominguez; Quiteto Sudaka; Trio Contrapunto, e outros. Conto com oito CDs gravados como bandleader, quatro deles fora do País. 

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4. O que é música para você?

Música para mim é um estado de presença, é o raro momento em que, se desapegado do ego e com a mente livre, me percebo no Aqui-Agora.  

5. Mais sobre Marcelo Coelho:

Compositor, possui mestrado em Jazz Performance pela University of Miami, doutorado em composição pela Unicamp e pós-doutorado pela USP. Já se apresentou em diversos festivais pelo mundo ao lado de músicos importantes do jazz como David Liebman, Phil Markowitz, Gene Perla, Didier Lockwood, Rick Peckham, Ed Sarah, Ronan Guilfoyle, Vincent Gardner, Ron Miller, Phil DeGreg, Cliff Korman; além dos músicos brasileiros Hermeto Pascoal, Guinga, Caetano Veloso, Sizão Machado, Sergio Barroso, Naylor Proveta, e outros. Coelho tem atuado com os seus grupos instrumentais MC & McLav-In, MC&RD 4teto, com o saxofonista argentino Rodrigo Dominguez, Un-X-Pected Brazilian Project com músicos de jazz da Escandinávia, além do projeto Paris/São Paulo, com participação de músicos franceses e brasileiros, incluindo o violinista Didier Lockwood.

NOA STROETER (contrabaixo)

Baixista Noa Stroeter Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

1. Como a música surgiu para você?

Meu contato com a música foi desde pequeno em casa.Assistindo a ensaios e shows dos grupos dos quais meu pai (Rodolfo Stroeter) fazia parte na época. Minha mãe sempre gostou muito de cantar e vivia cantando em casa, aprendi muitas canções com ela.

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2. Quais as influências que ajudaram a formar sua identidade?

Eu acredito que a formação da nossa identidade musical e como seres humanos estão diretamente ligadas. Conhecer certas pessoas, estar em certos lugares, presenciar certo acontecimento, ler um certo livro, entre tantas outras coisas, pode, na minha opinião, direcionar a personalidade de um músico. No meu caso, a música é um lugar que eu visito todo dia em busca de uma conexão não material ou até espiritual com o mundo. Dentro desse universo, a gama de inspirações é infinita. E é essa a minha gasolina.  Tom Jobim formou minha identidade. A voz do Milton e os choros do Pixinguinha também. O som do contrabaixo de Ray Brown, Luizão Maia, James Jamerson, Paul Mcartney e Jaco Pastorius idem. O disco 'Ballads' do Coltrane e o João Gilberto formam minha identidade, assim como as 'Bachianinhas Brasileiras' do Villa e a evolução gradativa dos meus alunos.

3. Pode citar alguns principais trabalhos que já fez?

Toquei contrabaixo na Big Band do Conservatório de Haia, Holanda, onde escrevi três arranjos de composições próprias em apresentações em três anos consecutivos no North Sea Festival (2011,2012 e 2013). Toquei e escrevi os arranjos para um show com Monarco, Wilson das Neves e a orquestra HB entre outros bambas do samba em dois shows realizados no SESC Pompéia em 2015. Tenho a sorte de atualmente trabalhar como contrabaixista elétrico e acústico em projetos e artistas muito inspiradores, o grupo de música afrocubana Batanga e Cia, o trio do pianista Flavio Yanuzzi, o trabalho do cantor e compositor Zé Leonidas, o som do guitarrista Lupa Santiago e do violonista e compositor Victor Vasconcelos. 

Tenho um trio atualmente, o Caixa Cubo Trio, projeto onde junto com o pianista Henrique Gomide e o baterista João Fidelis, tocamos nossas composições e nossas releituras de mestres da música brasileira. O Caixa Cubo Trio gravou dois álbuns, 'Misturada' e 'Enigma - a música de Garoto', esse último vai ser lançado ainda esse ano.

4. O que é música para você?

Música é comunicação através de som.

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5. Mais sobre Noa Stroeter:

Viveu por sete anos na Europa, onde se formou com bolsa no mestrado do Conservatório de Haia (Holanda) e trabalhou com importantes músicos europeus. Contrabaixista e arranjador, Noa seguiu o mesmo ofício do pai, Rodolfo Stroeter. Em 2011 criou ao lado do pianista Henrique Gomide e o baterista João Fideles, o Caixa Cubo Trio. Já tocou com artistas como Wilson das Neves, Monarco, Osvaldinho da Cuica, Joyce, Arícia Mess, Clara Moreno, Celso Fonseca, Peter Beets trio, Philip Harper, Francesco Turisi, John Ruocco, Ben van der Dungen, Ibrahim Maalouf, Jamie Cullum, Kurt Rosenwinkel entre outros. Como arranjador, Noa fez arranjos para a Big Band do Conservatório de Haia (Koncon BigBand, onde estudou) e para a Orquestra HB.

CARLOS EZEQUIEL (bateria)

O baterista Carlos Ezequiel Foto: Victor Kobayashi

1. Como a música surgiu para você?

Lembro de ter interesse por música desde a infância. Aos cinco anos transformava em instrumentos musicais utensílios de casa, etc... Aos 12, ganhei uma bateria e comecei a tocar com amigos. Aos 15, ainda em Maceió, fui convidado para tocar em um grupo de música instrumental. Desde então, essa é a música a que me dedico.

2. Quais as influências que ajudaram a formar sua identidade?

Como instrumentista, os bateristas brasileiros Milton Banana, Edison Machado, Airto Moreira e Nenê, e os americanos Elvin Jones e Tony William. Como compositor, artistas de jazz contemporâneo como Steve Coleman, Dave Holland e Chick Corea rivalizam com brasileiros como Moacir Santos, Hermeto Pascoal e Egberto Gismonti.

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3. Pode citar alguns principais trabalhos que já fez?

Integrei o grupo do contrabaixista Sizão Machado há quase 10 anos, gravei os discos com o grupo Sinequanon, fiz turnês no Japão e Europa com o grupo do saxofonista finlandês Pekka Pylkkanen ao longo de 5 anos e produzi os discos 'A Saga da Travessia', da Orkestra Rumpilezz, e o novo 'Aluê', de um dos maiores músicos brasileiros, Airto Moreira.

4. O que é música para você?

Música é o idioma através do qual conversamos com o universo, e que não conhece as limitações do espaço e do tempo. 

Mais sobre Carlos Ezequiel

O baterista, compositor e produtor musical alagoano Carlos Ezequiel residiu nos EUA nos anos 90, onde tocou com artistas como Jaleel Shaw e Vardan Ovsepian. De volta ao Brasil em 2000, foi indicado aos prêmios Visa e Grammy Latino. Em São Paulo, toca com o Sizão Machado Quarteto e o Vítor Alcântara Quinteto. Tocou com grandes nomes do jazz internacional como Kurt Rosenwinkel, David Liebman, George Garzone. Criador da Engrenagens Produções Artísticas, produziu o disco “A Saga da Travessia” de Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz, que acabou de conquistar três Prêmios da Música Brasileira 2017, incluindo na categoria Melhor Álbum. Ainda esse ano, lança o primeiro disco gravado no Brasil do percussionista Airto Moreira, Aluê, pelo Selo SESC, como produtor e músico da banda, além de seu álbum intitulado Circular, que reúne a improvisação do jazz contemporâneo, a concepção rítmica das músicas africana e indiana, e a harmonia da música brasileira moderna. No disco, Carlos está ao lado do saxofonista americano David Binney, do guitarrista norueguês Lage Lund, e dos brasileiros Gustavo Bugni (piano) e Gui Duvignau (contrabaixo).

GIG 2

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CONRADO GOYS (violão/guitarra)

Conrado Goys Foto: FELIPE RAU/ESTAD?O

1. Como a música surgiu para você?

Lembro muito bem o dia em que começei a escutar musica de um jeito diferente. Era um disco dos Beatles que meu pai ouvia na sala. Acordei e no caminho pra cozinha aquilo me paralisou. A música chegou de um jeito diferente, alguma porta se abria ali. Tinha uns 8, 9 anos… Uns 2 anos mais tarde ganhei meu primeiro violão.

2. Quais as influências ajudaram a formar sua identidade?

Comecei a ouvindo muito blues, rock, reggae. Depois ramificando para musica brasileira, jazz, pop, erudita, eletrônica... Percebo hoje que na medida que a música ia abrindo inúmeras portas de percepção - e diretamente levando a perceber a vida de outro jeito, fui entendendo que se tratava de uma linda troca. O que aprendia sobre a vida tentava também traduzir em linguagem na música. Tornou-se uma coisa só.

3. Pode citar alguns principais trabalhos que já fez?

Gravações e/ou shows com Cesar Camargo Mariano, Eliane Elias, Ivete Sangalo, Maria Gadú, Emilio Santiago, Tatiana Parra, Luiza Possi, Cauby Peixoto, Pedro Mariano entre outros… Disco 'Dilúvio', de Dani Black, que concorreu ao Grammy Latino e Prêmio da Música Brasileira em 2016. Trilha sonora para longas metragens como 'Nunca Me Sonharam' (melhor documentário no Los Angeles Brazilian Film Festival), 'Onde está a Felicidade' e 'Amor em Sampa'. 

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4. O que é música para você?

Um veículo de conexão com o sagrado, com a existência. 

5. Mais sobre Conrado Goys

Guitarrista, violonista, produtor, compositor e arranjador. Foi diretor musical e arranjador da Gafieira São Paulo, ganhadora do prêmio de Melhor Grupo de Samba no 22o Prêmio da Música Brasileira, produziu, arranjou e dirigiu o último CD/DVD ao vivo de Luiza Possi, 'Seguir Cantando'; co-produziu o álbum '8' do cantor Pedro Mariano e também o CD/DVD 'Viadutos', da cantora e compositora Dani Gurgel, em parceria com Thiago Rabello. Bacharel em guitarra, iniciou sua vida profissional aos 18 anos acompanhando Fat Family e em seguida Celso Pixinga, Emilio Santiago, Mariana Aydar, Laércio de Freitas, Adelmo Cazé, Hyldon, e diversos outros artistas. Há dez anos acompanha o trabalho de Pedro Mariano, tanto como sideman quanto como arranjador. Também já trabalhou com artistas como Simoninha, Luciana Mello, Sandy e Cesar Camargo Mariano, André Mehmari e o trio argentino Aca Seca. Também atua como produtor e arranjador de trilhas para cinema, teatro e publicidade, em produtora, a Oca - Casa de Som. Compôs, em parceria com Zé Godoy, a trilha original para o longa metragem 'Onde está a Felicidade' de Carlos Alberto Riccelli, entre outros.

DANIEL SANTIAGO (guitarra / violão)

Daniel Santiago Foto: FELIPE RAU/ESTAD?O

1. Como a música surgiu para você?

 Meu pai cantava clube da esquina pra eu dormir e aos 6 anos me ensinou a tirar os primeiros sons do violão. 

2. Quais as influências ajudaram a formar sua identidade?

Comecei ouvindo do rock ao choro, porque meu pai e minha mãe sempre gostaram de música e sempre foram muito ecléticos. Então tinha disco em casa do Led Zeppelin, Pink Floyd, Talking Heads, Milton, Chico, Caetano, Tom, Luiz Gonzaga, Valdir azevedo e muitos outros…  Mais tarde passei a ter contato com a música do Hermeto, Toninho Horta, Guinga além do Wayne, Miles, Chick Corea, Pat Metheny entre outros…

3. Pode citar alguns principais trabalhos que já fez?

Eu tenho 3 discos lançados pelo selo Adventure Music e estou finalizando meu quarto album que saíra também por esse selo de NYC.  Gravei todos os álbuns de Hamilton de Holanda quinteto e outros projetos do próprio Hamilton, incluindo o Brasília Brasil Trio e o mais recente 'Casa de Bituca', onde fomos indicados ao Latin Grammy 2017 como produtores do ano. Como produtor, fiz os últimos 4 disco da banda O Teatro Mágico e produzi alguns albuns instrumentais como o primeiro disco do premiado guitarrista Pedro Martins e do gaitista Gabriel Grossi. Fiz shows com João Bosco, Milton Nascimento, Ivan Lins, Baby do Brasil entre outros… 

Em 2015 fui convidado pelo guitarrista Lee Ritenour pra uma série de shows em homenagem a países de lingua portuguesa.

4. O que é música para você?

Música é a minha vida. Ela me salvou e tem salvado muitas pessoas pelo mundo. É uma fonte inesgotável de amor! Ela nos impulsiona a mergulhar fundo dentro de nós mesmos quando estamos no processo de compor… 

5. Mais sobre Daniel Santiago

Violonista, guitarrista, compositor e arranjador brasiliense Daniel Santiago, criou aos dezenove anos, junto com o bandolinista Hamilton de Holanda e o violonista Rogério Caetano, o Brasília Brasil Trio. Em 2001, lançaram 'Abre Alas' (Velas) e, no mesmo ano, foi indicado ao prêmio VISA como melhor instrumentista. Nos anos seguintes, tocou ou gravou com Carlos Malta, Gabriel Grossi, Hermeto Pascoal, Flávio Venturini, Ivan Lins, João Bosco, Dominguinhos, Hermeto Pascoal, Milton Nascimento, Richard Galliano, Maria Bethânia, Ney Matogrosso, Zélia Duncan, Yamandu Costa, e como integrante do Quinteto Brasilianos de Hamilton de Holanda se apresentou no Brasil e no exterior, além de receber o Prêmio Tim 2007. Em 2006, lança seu primeiro álbum solo 'On the Way' (Adventure Records) nos EUA. Compôs com Hamilton de Holanda a Sinfonia Monumental em homenagem aos 50 anos da fundação de Brasília, apresentada em Lunel (França) com a Orquestra Sinfônica de Montpellier regida pelo Maestro Robert Tuohy. Em 2011 foi convidado pra produzir o terceiro álbum da banda O Teatro Mágico.

GUEGUÉ MEDEIROS (bateria e percussão)

Guegué Medeiros Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

1. Como a música surgiu para você?

Venho de uma família de músicos e comecei a tocar por influência do meu tio João Linhares. 

2. Quais as influências que ajudaram a formar sua identidade?

João Linhares, Sivuca, Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Moacir Santos, Glauco Andresa e Chiquinho Mino. 

3. Pode citar alguns principais trabalhos que já fez?

Trabalhos com artistas como Moacir Santos, Chico Cesar, Xangai, Hélio Ziskind, Nelson Ayres, Chico Pinheiro, Toninho Ferragutti, Arnaldo Antunes, Luiz Melodia, Marcelo Jeneci, Filó Machado, Lenine, Zeca Baleiro, Seu Jorge, Anastácia, Maria Alcina, Martinália, Elba Ramalho, Renata Arruda, Ney Matogrosso, Gilberto Gil, Luiza Possi, Luciana Alves, Lucy Alves, Quinteto da Paraíba, Marcia Castro, Proveta, Zé Pitoco, Arthur Maia, Jaguaribe Carne, JP Sax, Adeildo Vieira, Erick von Sohsten, Roberta Zerbini, Filpo Ribeiro e a feira do Rolo, Carol Panesi e Grupo, Ricardo Harz , entre outros.

Participou de festivais como Montreaux Jazz Festival (Suíça); Womad Singapura (Singapura); Brazil Day Festival (USA); Jazz à Vienne (França); Festival internacional de Musique Universitaire (Belfort-França); Incontra Il Mundo (Roma-Itália); Weve Love Festival (Florence-Itália); Festival de Cinema de Toronto (Canadá); Poesiefestival (Berlin-Alemanha); Notturni in Villa (Milão-Itália); Afro Brasil (Tubinguen-Alemanha). 

4. O que é música para você?

A música é tudo que tenho! tudo que conquistei na vida eu devo a música.

GIG 3

Makiko Yoneda (piano)1.

Makiko Yoneda Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

1. Como a música surgiu para você?

 Toquei piano dos três aos 18 anos e parei. Aos 32 anos, parei de trabalhar em uma empresa no Japão) e vim para estudar música popular em Recife sem falar português 

2. Quais as influências que ajudaram a formar sua identidade? 

As influências mais fortes Mais são minha origem cultural japonesa. Mas quando componho, lembro muito da criatividade/liberdade do Radamés Gnatalli. Acredito que as culturas dos países onde morei e todas as composições que eu já escutei me influenciam. 

3.  Pode citar alguns principais trabalhos que já fez? 

Meu projeto autoral é Brasileirismo - Piano Trio com Jamil Joanes e Marcio Bahia; Há ainda o Quinteto do Zé Barbeiro e o Quarteto do Messias Britto.

4. O que é música para você?

Música é mágica. Música é minha amiga e meu homem. Música é o remédio para ser feliz.  E eu sou apenas uma funcionária dela.  Posso viver sem ela mas sem ela eu me perco. Música é o lugar em que eu posso falar, gritar, chorar, e sentir: Estou viva!". Música é o lugar mais gostoso e honesto do mundo.  

5. Mais sobre Makiko Yoneda

Nascida e criada no Japão, estudou piano clássico dos três aos 18 anos. Veio ao Brasil pela primeira vez em 2005, mais precisamente para Recife. Em 2011, retornou ao Brasil, e dessa vez, resolveu ficar. Desde então, se dedica à música brasileira. Já tocou com Ivan Lins, Guinga, Chico Pinheiro e Cristóvão Bastos e Marta Ozzetti. Nesse momento, lança o disco autoral Brasileirismo, em que mistura a técnica erudita, improvisos, melodias orientais e ritmos brasileiros. Ao lado dos músicos Marcio Bahia (bateria) e Jamil Joanes (baixo), o álbum tem a direção musical de Cristovão Bastos.

ROBERTA VALENTE (percussão)

Roberta Valente Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

1. Como a música surgiu para você?

A família da minha mãe era formada por muitos músicos, havia violinistas - entre eles, meu avô materno -, violonistas, cavaquinistas, flautistas e bandolinistas. Nenhum deles se profissionalizou e eu não os conheci. Meus pais e irmãos ouviam muita música, então cresci ouvindo choros, serestas, valsas, sambas de Noel Rosa, Ary Barroso, Dorival Caymmi, os cantores Orlando Silva, entre outros. Minha lembrança musical mais antiga remonta aos sete anos de idade, na primeira série do curso primário: Ensaiava a música "O circo", de Sidney Miller, em que cantava e tocava um tipo de ganzá. 

Na adolescência, ouvi de Supertramp, America, The Cure, jazz, fado, flamenco, música erudita, música caipira, música do sul - chamamés, milongas, polcas - e do Brasil todo: frevo, caboclinhos, maracatu, boi, cavalo-marinho, canções, modinhas, entre outros. Tive a fase dos mineiros...Clube da Esquina, Milton Nascimento, Flávio Venturini, Lô Borges, Paulinho Pedra Azul. Depois comecei a ouvir Elomar e Xangai. Depois veio Caetano Veloso, Rita Lee, Chico Buarque, Elis Regina, Milton Nascimento, Maria Bethânia, Gal Costa, Beth Carvalho, Paulinho da Viola... Tive, ainda, uma fase de paixão pelo Pará: só ouvia e pesquisava a música de lá, terra musicalmente riquíssima. Mas quando descobri Noel Rosa, fiquei alucinada - numa época em que não havia quase nada dele em CD e não havia a internet, eu e o pesquisador e músico Roberto Lapiccirella conseguimos reunir praticamente toda a obra do compositor... Passávamosos dias nos sebos descobrindo raridades. Fomos procurar o início de tudo. E durante essa fase escrevemos o livro "Antologia Musical Popular Brasileira - As Marchinhas de Carnaval"(Ed.Musa). 

2. Quais as influências que ajudaram a formar sua identidade?

Aprendi tudo sozinha, seguindo as influências dos meus amigos músicos. Copiando, imitando, olhando, perguntando, pesquisando e ouvindo. O bar foi minha maior escola. Pra mim, a maior escola de música do mundo é a noite, e o bar.

O multi-instrumentista Milton de Mori e o violonista José Roberto da Silva, o Zé Barbeiro, foram figuras decisivas na minha formação musical: Meus maiores mestres... O clarinetista Stanley Carvalho é outra grande referência. Com ele aprendi a tocar com o coração. Cito também Marcelo Gallani, pra mim o melhor pandeirista de choro de São Paulo, minha grande influência. Com eles entrei de cabeça no Choro. Depois fui convidada para integrar o Grupo de Choro Bola Preta. Um tempo depoismontei o Grupo Choro Rasgado, depois o Ó do Borogodó, pra tocar no bar de mesmo nome, Chorando as Pitangas, Mandando Bala, Choro de Moça - neste último como cavaquinista. 

3. Pode citar alguns principais trabalhos que já fez?  

Yamandu Costa (turnê no Brasil e na Índia), Nailor Proveta e André Mehmari (festival em Charleston, EUA e diversos shows em SP e interior), Raul de Souza, Duo Assad, Badi Assad, Banda Mantiqueira, Altamiro Carrilho, Beth Carvalho, Roberta Sá, Aldir Blanc, Renato Braz, Izaías do Bandolim, Wilson das Neves, D. Ivone Lara, Wanderléa, Luisinho 7 Cordas, Paulo César Pinheiro, Luciana Rabello, Martinho da Vila, Fabiana Cozza, Riachão, Eduardo Dussek, Billy Blanco, Baby Consuelo, Pepeu Gomes, Armandinho, Paulo Moura, Juçara Marçal, Marcelo D2, Maurício Carrilho, Tom Zé, os internacionais Nicolas Krassik, Ted Falcon, John Berman, Willy Gonzalez, Micaela Vita, Gabriele Mirabassi, etc.

4. O que é música para você?

Música é o ar que eu respiro, é esperança, é amor, é vida <3

5. Mais sobre Roberta Valente

Atua como pandeirista em grupos de choro como Grupo Ó do Borogodó, Bola Preta, Choro Rasgado, sendo considerada uma especialista no gênero. Roberta já se apresentou ao lado de artistas como Beth Carvalho, Renato Braz, Izaías do Bandolim, Wilson das Neves, D. Ivone Lara, Toninho Ferragutti, Moacyr Luz, Nelson Sargento, Monarco, Walter Alfaiate, entre outros. Como pesquisadora, participou da concepção do livro Antologia Musical Popular Brasileira - As marchinhas de carnaval. É citada em livros, CDs, artigos de jornal e textos como importante referência de pesquisa sobre música brasileira, como o livro Almanaque do Choro, de André Diniz. Ao lado do percussionista e pesquisador Yvez Finzetto, criou em 2008 o projeto Panorama do Choro Paulistano Contemporâneo, um extenso estudo que resultou na gravação de dois cds, o Panorama do Choro Vol. I e Vol II. O projeto é o único que apresenta a produção atual de choro no Brasil.

THALES MARTINS (contrabaixo)

Thales Martins Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

1. Como a música surgiu para você?

A música já havia em mim desde bem quando eu procurava materiais no terreno ao lado de casa para fazer de conta que estava tocando algum instrumento e imitando bandas de rock que tinha por influência.  Fui o primeiro a começar a tocar na família, iniciei minhas primeiras aulas de violão no Projeto Guri e depois fiquei fascinado pelo baixo.

2. Quais as influências que ajudaram a formar sua identidade?

Jaco Pastorius, Victor Wooten, Marcus Miller foram minhas primeiras influências. Blues & Roots (Charles Mingus) foi um dos primeiros discos de baixistas que ouvi. Logo após isso, baixistas da atualidade têm grande influência na forma como toco, como John Patitucci, Thiago Espirito Santo, Luizão Maia, Paulo Paulelli, Richard Bona, Derrick Hodge. Fora influências de músicos de outros instrumentos, como Chris Potter, Sylvain Luc e Bireli Lagrene, entre outros.    

3. Pode citar alguns principais trabalhos que já fez?  

Já participei com meu trio de rock/jazz/fusion  de festivais. Em big bands, já toquei ao lado de Fernando Corrêa, Vinicius Dorin, Cesar Roversi, Sidnei Borgani, Eduardo Espasande, Nelton Essi e Rafael Leme. Recentemente fiz intercâmbio na Noruega para desenvolver composições em sexteto. Fizemos algumas gravações com músicos de lá.

4. Mais sobre Thales Martins

É ex-aluno do Polo Regional São Carlos do Projeto Guri e é ex-integrante do Grupo de Referência da cidade. Acaba de voltar do intercâmbio MOVE (Musicians and Organizers Volunteer Exchange), na Noruega, onde participou durante seis meses. Lá ele estudou em Trøndertun Folkehogskole, participou de aulas e criou o Brazilian Music Festival. Atualmente, vive em Piracicaba.

Nicholas Martins (bateria)

Nicholas Martins Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

Quais as influências que ajudaram a formar sua identidade?

 Minhas influencias transitam entre diversos estilos musicais como música brasileira, jazz, rock e funk, onde posso reunir diferentes concepções e aplicar na minha maneira de tocar.  Em meio a tantas influências desde o ínicio do meu contato com o meio musical até hoje. Professores com quem já tive aula sempre se tornam influências.  Do Brasil: Hermeto Pascoal, Dominguinhos , Moacir Santos e Wilson das Neves. Quando comecei a fazer parte de uma big band no Projeto Guri, Buddy Rich certamente foi uma grande referência. Sobre groove e pegada posso citar: Dave Weckl, Marco Minneman, e Chris Coleman. Brian Blade abriu minha mente para uma maneira mais sentimental e profunda de tocar. Jacob Collier, um grande talento contemporâneo, me influência por sua audácia, inovação e musicalidade.

O meu contato com a música começou no Projeto Guri através de um convite de um ex-professor do projeto. A partir daí, não parei mais. No decorrer desse tempo fui me desenvolvendo pessoalmente, musicalmente e ficando mais encantado com a música. Em 2012 comecei a fazer a parte da Big Band - Grupo de Referência em São Carlos do Projeto Guri, no qual me estimulou e onde tive privilégios de tocar com artistas convidados renomados como: Fernando Côrrea, Vinicius Dorin, Nelton Essi, Eduardo Espasande, César Roversi e Sidnei Borgani.

O que é musica para você?

Criação e presente de Deus que se relaciona com os sentidos.

Mais sobre Nicholas Martins

Residente em São Carlos, é ex-aluno do Polo Regional do projeto Guri e atual integrante no Grupo de Referência da cidade e estudante do Conservatório de Tatuí. Junto com seu irmão gêmeo, o contrabaixista Thales Martins, ganhou as semifinais do festival internacional de música, Imagine Brazil, com a banda Hurried Trio.

GIG 4

CAROL PANESI

A violinista Panesi Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

1. Como a música surgiu para você?


Meu pai é apaixonado por música, e toca violão como hobby. Me lembro, quando criança, de que passávamos horas cantando  'A Arca de Noé', de Vinícius de Moraes. Seu violão permeou minha infância. Minha mãe tocava um pouco de piano, e eu adorava dedilhar, experimentar sons. Até que aos 11 anos ingressei no Conservatório Brasileiro de Música, onde me formei no curso técnico de piano e tive por 7 anos vivências importantes com coral, prática de conjunto e violino.
 Aos 17 anos conheci Itiberê Zwarg e ingressei na Itiberê Orquestra Família para me profissionalizar.

2. Quais as influências que ajudaram a formar sua identidade?

Hermeto Pascoal, Itiberê Zwarg 

3. Pode citar alguns principais trabalhos que já fez?

Fui integrante da Itiberê Orquestra Família e do Itiberê Zwarg & Grupo por 13 anos. Com esses projetos gravei três CDs e um DVD e viajei por vários lugares do Brasil e do estrangeiro, participando de diversos festivais. Compartilhei conhecimentos como monitora do projeto didático idealizado por Itiberê, a Oficina da Música Universal por 7 anos. Gravei CDs e DVDs, dentre eles 'Mundo Verde Esperança', de Hermeto Pascoal, e dividi o palco com grandes nomes do cenário musical, dentre eles Hermeto, Lea Freire, Clarice Assad e Jongo da Serrinha.

4. O que é música para você? 

Música é devoção! É conexão com o Divino, com o espiritual! É a mais pura comunicação entre almas, entre mundos.
É oportunidade de evoluir, de se conhecer, de amar.

5. Mais sobre Carol Panesi

Carioca, ela iniciou seus estudos aos 11 anos no Conservatório Brasileiro de Música. Lá, concluiu o curso técnico de piano. Com Bernardo Bessler, aprofundou os estudos de violino. Após sete anos de vivência intensa no CBM, Carol conheceu Itiberê Zwarg. Esse encontro determinou os rumos da sua trajetória musical e passou a ser motivo de inspiração diária e constante. Foi integrante da "Itiberê Orquestra Família" e do "Itiberê Zwarg & Grupo". Tocou ou gravou com Hermeto Pascoal, Daniela Spielmann, Chico Chagas, Gabriel Grossi, Nicolas Krassik, Edu Lobo, Clarice Assad e Jongo da Serrinha.

MARIANA CHAMIS (piano)

A pianista Mari Chamis Foto: Junior Nolasco

1. Como a música surgiu para você?

Meu primeiro contato com a música foi aos 7 anos, com meu avô, que tocava piano erudito. Mais tarde, aos 16, descobri o universo do jazz e da música popular, pelo qual me apaixonei.

2. Quais as influências que ajudaram a formar sua identidade?

Gosto de ouvir um pouco de tudo, mas a música brasileira é a que bate mais forte. Grandes referências pra mim são Hermeto Pascoal, Milton Nascimento, Edu Lobo, Egberto Gismonti, Dominguinhos... Também admiro muito a Léa Freire e a Debora Gurgel, por serem uma inspiração para mim como compositoras e instrumentistas mulheres, o que infelizmente acaba sendo raro e difícil na música instrumental.

3. Pode citar alguns principais trabalhos que já fez?

Atualmente sou pianista da Big Band da Emesp, com a qual me apresentei em festivais como o Ilhabela in Jazz, e, ainda nesse mês, tocaremos no Jazz at Lincon Center, em Nova York. Também participo de um quarteto instrumental, 'Misteriosíssimo', que se dedica a interpretar composições do baterista Nenê.

4. O que é música para você?

É a maneira mais sincera e libertadora de me expressar. É troca, parceria, o melhor jeito que encontrei para me relacionar com os outros e comigo mesma.

5. Mais sobre Mariana Chamis

Paulista, é pianista da Big Band da EMESP, instituição por onde é formada. Com a banda se apresentou em diversos festivais e agora se prepara para tocar no Jazz at Lincon Center, em Nova York. Participa também do quarteto instrumental Misteriosíssimo, que se dedica à interpretar composições do baterista Nenê, além de seu outro quarteto, Tatenu.

LANA FERREIRA (contrabaixo)

A baixista Lana Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

1. Como a música surgiu para você?

A influência veio na infância através do meu tio. Nos fins de semana sempre rolava um som na casa dele e toda vez que eu ia lá, ficava na cola dele, olhando e decorando os acordes que fazia. Tinha um primo também que morava ao lado de casa, e ele se reunia com os amigos e tocavam samba. Então eu ficava encantada com tudo aquilo e colocando na cabeça que queria tocar também.

Comecei a tocar de forma autodidata aos oito anos, o violão foi meu primeiro instrumento. Logo depois fui aprendendo a tocar o contrabaixo também, e passei a estudar o instrumento. Tive como mentores os baixistas Celso Pixinga e Itamar Collaço, que foram fundamentais para minha formação.

2. Quais as influências que ajudaram a formar sua identidade?

Minha influência vem de uma mistura de música brasileira com m[usica africana, funk, jazz e música latina. Algumas de minhas referências são Luizão Maia, Jaco Pastorius, Hermeto Pascoal, Djavan, Miles Davis, James Jamerson, Francis Rocco Prestia, dentre outros...

3. Pode citar alguns principais trabalhos que já fez?

Atualmente toco com Walmir Borges, já dividi o palco com Chico César, Ellen Oléria, Luciana Mello, Wilson Simoninha, Sandra de Sá, Jesuton, Péricles, Jau Peri. Em 2014 gravei com Celso Pixinga o disco 'Master Groove', e está para ser lançado outro disco que também gravei com ele chamado 'Highlander'. Em 2015 gravei o DVD chamado 'Pixinga Roland Show'.

4. O que é música para você?

A música é a resposta de tudo que vem do mais profundo da minha alma, é o que me leva e me trás de volta da minha viagem de emoções. É a minha essência.

Mais sobre Lana Ferreira

Nascida em Diadema, começou a tocar violão de forma autodidata aos oito anos. Aos dez anos passou a tocar contrabaixo, instrumento que virou paixão. Estudo na antiga ULM (Emesp) com Itamar Collaço e Celso Pixinga. Fez parte de algumas bandas de vários gêneros musicais tocando em bares, teatros, festivais, até que recebeu o convite de Celso Pixinga para tocar ao lado dele no projeto Master Groove, no DVD Celso Pixinga Roland Show. Já dividiu palco com Chico César, Ellen Oléria, Luciana Mello, Wilson Simoninha, Sandra de Sá, Jesuton, Péricles, Jau Peri.

FERNANDO BAGGIO (bateria)

O batera Baggio Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

1. Como a música surgiu para você?

Comecei muito cedo, ainda com 4 anos de idade, quando pedi minha primeira bateria para os meus pais. Não sei de fato de onde isso veio, especialmente o instrumento. Mas minha família era bastante musical, sempre com música nas festas de aniversário. Talvez isso tenha me despertado algo, mas não tenho certeza, especialmente porque era muito novo. 

2. Quais as influências que ajudaram a formar sua identidade?

Poxa, acredito que que isso não tem fim para um artista. Acho que tudo é influência. Tem as influências diretas, ou mais diretamente ligadas à música e ao instrumento. Mas para a formação acredito que elas nem mesmo sejam mais importantes do que as influências vindas a partir do que leio, de onde vivo, dos amigos, do cotidiano, do ambiente social, e por aí vai. Musicalmente, eu busco muita diversidade, e acredito que isso me influencie bastante na minha maneira de tocar. 

  3. Pode citar alguns principais trabalhos que já fez?

Há mais de 10 anos tenho um trio de música instrumental, o RdT, com Walter Nery (guitarra) e Guto Brambilla (baixo). Temos três discos lançados. Mas já fiz (e faço) trabalhos com grandes músicos, como Zuzo Moussawer, Mike Moreno, Josué dos Santos, Djalma Lima, Thiago do Espirito Santo, Glécio Nascimento, Marcelo Jesuíno, Rubinho Antunes, Guilherme Ribeiro, Beto Bertrame, Lupa Santiago, Vitor Alcântara, e por aí vai. Também já trabalhei em teatro musical, acompanho alguns artistas. E há muitos anos também trabalho com escolas de samba, onde hoje sou diretor consultor da Acadêmicos do Tatuapé, atual campeã do Carnaval de São Paulo.

4. O que é música para você?

Particularmente, é minha maneira de existir no mundo. A principal forma que me expresso e penso a vida. Mas a música para o outro é o que significa para ele. Ou seja, ela é uma coisa para cara um que a consome. Acredito que isso ainda seja potencializado na música instrumental. Aliás, essa definição é exatamente a mesma que Picasso deu para a arte que ele fez: "Um quadro só vive para quem olha". 

Mais sobre Fernando Baggio

Fernando Baggio, é baterista, compositor, arranjador, educador e palestrante. Professor do Conservatório Souza Lima há 15 anos. É baterista e fundador do trio RdT, grupo que tem três discos lançados. Já trabalhou com diversos artistas como Graça Cunha, Arismar do Espirito Santo, Patrizia Laquidara (Itália), J.J. Jackson (EUA), Mike Moreno (EUA), Zuzo Moussawer, Guilherme Ribeiro, Norberto Vinhas, entre outros. Foi jurado e coordenador de julgamento do Carnaval de São Paulo por 15 anos pela Liga das Escolas de Samba de São Paulo. Hoje é diretor conselheiro da Acadêmicos do Tatuapé, atual campeã do Carnaval de São Paulo. Está lançando o livro Samba de Bateria, que aborda a linguagem do samba das escolas de samba para o kit de bateria.

SERVIÇO GIG NOVA

Sexta (24), às 21h30.  Preço de  entrada: R$ 40. Tupi or not Tupi: Rua Fidalga, 360. Telefone: 3813-7404

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