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Gal e Ed Motta fazem show no Ibirapuera

Cantora faz no sábado retrospectiva de sua carreira e recebe Ed Motta como convidado, de quem canta Apaixonada. No domingo, eles repetem show no Rio

Por Agencia Estado
Atualização:

Gal Costa e Ed Motta cantam, de graça, sábado, a partir das 16 horas, na Praça da Paz, do Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Não será um espetáculo dos dois, mas um show com os dois. Ed Motta é o convidado de Gal. Ed cantará quatro números, ainda não definidos. Gal ocupará o palco por mais tempo, fazendo uma retrospectiva de carreira. De músicas gravadas recentemente, uma é certa no roteiro: Apaixonada, de Ed Motta. Gal gravou a canção em seu novo disco. Pode ser que façam números juntos, mas isso está sendo decidido, no correr dos ensaios. "Não farei exatamente um show novo", diz. "Canto muita coisa de Tom Jobim e acrescento umas pitadas de novidade, alguma coisa para dar sal à apresentação", conta. Entre as novidades estão o samba Alto lá, de Zeca Pagodinho, e o samba-reggae Cabelo Raspadinho, sucesso na Bahia da banda (baiana, naturalmente) Chiclete com Banana. "Só que eu faço o Cabelo Raspadinho em ritmo de samba, e fica bem divertido", diz a cantora. "A música fez muito sucesso em Salvador; mais para o Sul, acho que não emplacou. Mas é interessante e engraçada", avalia. Ela promete tirar do baú a bela canção Jóia, de Caetano Veloso, que gravou no disco Cantar, dos anos 70. "Há muito tempo que eu não cantava essa música, que adoro, e aproveito esta oportunidade para revisitá-la", diz. E com arranjo novo, como é novo, também, o arranjo para o samba Dora, de Dorival Caymmi, gravado por ela no songbook do compositor, nos anos 80. O sexteto que tem acompanhado Gal Costa, no Brasil e no exterior, tem dois músicos novos: o pianista Itamar Assiére e o contrabaixista goiano Bororó, um músico que vem gravando com Edu Lobo, Dori Caymmi, Sérgio Ricardo. "Num show ao ar livre, à tarde, é preciso cantar aquilo que o público conhece", considera a artista. "Por isso, estou preparando repertório bem sabido, mas, para agosto ou setembro, prometo um espetáculo novo." E esse espetáculo novo? "Não vou antecipar, para não tirar o gosto de surpresa, mas terei outro diretor e o repertório já está traçado", esquiva-se. Na verdade, a coisa ainda está em compasso de planejamento. Gal não sabe, mesmo, se fará um disco e depois o show ou se montará o show para gravar o disco ao vivo. A participação de Ed Motta deverá ter, segundo a produção, as músicas Colombina, Ludúria e Um Dom pra Salvador - mas esse "salvador" do título não trata da Bahia. Refere-se ao pianista Dom Salvador, que, nos anos 70, foi com seu grupo fazer um show na Argentina e desapareceu. Na época, chegaram a ser evocadas razões políticas para o desaparecimento do músico. Brasil e Argentina viviam sob regimes militares. A hipótese foi descartada, mas ninguém mais soube do músico. O encontro dos Doces Bárbaros, em dezembro, deverá ser registrado em CD e DVD. Gal não sabe antecipar como será o reencontro. "Não nos reuniremos ainda para conversar a respeito", ela diz. "Mas, por certo, será prazeroso, e será, também, mais maduro." Na época da reunião original, Caetano Veloso disse: "Doces Bárbaros é uma coisa que se formou em nós, através de nós e até mesmo a despeito de nós. É uma nova raça. Se eu quiser mesmo contar ou resumir a história dos Doces Bárbaros, vou ter de falar talvez em outros planetas, em outras dimensões em coisas que nem sei." Gal Costa nutre a esperança de que Caetano, e também Gilberto Gil, componham músicas novas para o reencontro histórico. E que elas sejam mostradas nesta praça, aqui na Terra mesmo. Gal Costa. Participação de Ed Motta. Sábado(15), às 16 horas. Entrada franca. Praça da Paz/ Parque do Ibirapuera Av. Pedro Álvares Cabral, s/n.º, São Paulo, tel. 5574-5177. Patrocínio: Grupo Pão de Açúcar.

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