Festival de percussão na Europa e no Japão sem sair de Salvador

Em outras edições o evento já rodou também por São Paulo, Rio, Recife e Paris

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Por Agencia Estado
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De volta ao conceito original, o Percpan - Panorama Percussivo Mundial, vai ficar só em Salvador em sua 13.ª edição, neste sábado e domingo no Teatro Castro Alves Em outras edições o evento já rodou também por São Paulo, Rio, Recife e Paris e foi dirigido por Gilberto Gil, Naná Vasconcelos e Arrigo Barnabé. Com Marcos Suzano no comando, o festival trará desta vez músicos de Porto Rico (Giovanni Hidalgo), Japão (Takashi Numazawa), Itália (Carlo Rizzo), Inglaterra (Dhol Foundation) e França (Mino Cinelu). Eles vão se juntar aos brasileiros Ricardo Siri, Pedro Luís e A Parede, Jorginho do Pandeiro e Celsinho Silva, além de Suzano (todos do Rio), mais os baianos Gustavo di Dalva e a Bacia Sonora e os pernambucanos da Nação Zumbi. "Esta edição será especial, pois teremos um encontro de grandes mestres e solistas com representantes da nova geração", diz a socióloga Elizabeth Cayres, idealizadora e produtora do Percpan. Para Suzano, que vai se apresentar em dupla com Numazawa, um dos destaques da programação é Carlo Rizzo. "Ele é genial no manejo do pandeiro italiano, além de ser um inventor: o pandeiro multitimbral que ele toca é criação própria." O congueiro Giovanni Hidalgo é outra aposta alta do festival, pela técnica elaborada que exibe na fusão de ritmos latinos com o jazz. Mino Cinelu é multiinstrumentista e além de dominar a percussão toca bateria e guitarra. Os ingleses do Dol Foundation são de origem indiana e mesclam o ritmo tradicional do bhangra com eletrônica e dança, combinação que, como já se viu em grupos congêneres, resulta em experiência dinâmica. Com o baterista Numazawa Suzano já dividiu o palco outras vezes. "Já fizemos jams memoráveis em Tóquio e ele é um dos artistas com quem mais gosto de tocar", diz. O Brasil está muito bem representado por nomes de peso (não apenas sonoro, mas de prestígio e qualidade) da música percussiva contemporânea: Nação Zumbi e Pedro Luís e A Parede, que vivem sua melhor fase. Homem-orquestra, Ricardo Siri é uma grande revelação e costuma impressionar o público ao tocar sua carcaça de Fusca. Gustavo di Dalva é astro em ascensão e já roubou a cena em shows de Gilberto Gil, Caetano Veloso e Daniela Mercury, entre outros. O fim de semana promete.

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