Festival de música: 2.ª eliminatória

Mais 12 canções serão apresentadas nesse sábado, com transmissão pela TV Globo, a partir das 22h40. Famosos e desconhecidos estão entre os concorrentes

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A TV Globo transmite nesse sábado a 2.ª eliminatória do Festival da Música Brasileira, que será realizada no Credicard Hall, a partir das 22h40. Serão apresentadas 12 novas composições, das quais 3 serão escolhidas por um júri de 11 pessoas e concorrerão na final, no dia 16. Os ingressos devem ser trocados por 1 quilo de alimento não-perecível ou um agasalho, na UNE (Rua Vergueiro, 2.485), CUT (Avenida Arthur de Queiroz, 720, Casa Branca, Santo André) ou Força Sindical (Rua Galvão Bueno, 782, 9.º andar). No sábado passado, classificaram-se as músicas Tubaína, composta e defendida por Fernando Chuí, Estrela da Manhã, de Beto Furquim e interpretada por Mônica Salmaso, e Xi, de Pirituba a Santo André, que foi interpretada pelos autores, Rafael Altério e Kléber Albuquerque. Também concorreram nessa eliminatória os veteranos Walter Franco - era uma das grandes expectativas da noite - e Vicente Barreto. Para Walter Franco, o saldo da primeira eliminatória do festival foi positivo. "Festival é assim, tem de saber ganhar e perder, mas o que mais me importava era passar a intenção sonora de Zen (música defendida) e consegui fazer isso", diz. "Não existe termo de comparação com os anteriores, são contextos históricos diferentes, mas o que houve claramente de bom foi o clima de confraternização entre os concorrentes." Em 1972, ele participou do 7.º Festival Internacional da Canção da TV Globo, com a música Cabeça. O compositor Tom Zé, que ganhou em 1968 o 4.º Festival de Música Popular Brasileira da TV Record com a música São Paulo meu Amor, tem a mesma opinião de Walter. E faz, ainda, uma observação sobre o palco: "Naquela época, nós tínhamos o benefício de conhecer o palco; eu, antes de ganhar o festival, já tinha me apresentado outras vezes no teatro da Record", recorda. "É complicado ganhar a platéia quando não se tem ainda o ´estar à vontade´, mas, mesmo assim, ouvi algumas músicas bem interessantes, adorei a (Mônica) Salmaso cantando e fiquei triste pela saída do meu parceiro Vicente (Barreto)." 2.ª eliminatória - A desclassificação do veterano Walter Franco, de certa forma, reafirma o objetivo do festival, que se propõe a revelar novos talentos. Por unanimidade, foram escolhidas três composições de autores por acaso paulistas e pouco conhecidos. A 2.ª eliminatória também tem nomes já consagrados. No entanto, traz à tona uma produção interessante de gente praticamente anônima. Uma deles é a de Beirão, compositor do Ceará. Morando em Brasília, ele se reencontrou com os ritmos nordestinos e descobriu o rock produzido na cidade. Amanhã, vai interpretar, ao lado de Genésio Tocantins, a sua música Baião Internauta. Outro desconhecido é Edinho Queiroz. Nascido em Macau (RN), em 1987, ele chegou a vencer o festival de música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Queiroz vai defender Língua (O Instrumento). Já a também pouco conhecida banda Elétrika interpreta uma das concorrentes atípicas do festival, Pára de Falar e Faz. Misto de heavy metal e tecnopunk, a música é de autoria do mineiro Cláudio David. Das composições de veteranos, Show é uma das mais bonitas. De autoria de Fábio Tagliaferri e Luiz Tatit, será interpretada por Ná Ozzetti - parceira musical de ambos. O arranjo foi feito por Jaques Morelenbaum, um dos nomes sugeridos pela organização do festival para o participante que quisesse reelaborar o arranjo de sua música. Morelenbaum também fez o arranjo de DNA, composição de José Miguel Wisnik. Ela será defendida pelo autor e pela bela voz de Luciana Alves. Também da turma dos vetereranos é o sambista Moacyr Luz, com o jongo Eu Só Quero Beber Água. Ele levará ao palco as pastoras da Velha-Guarda da Portela. Outro encontro será o do guitarrista Toninho Horta com sua filha, Luiza. Eles interpretam O Amor é Pra se Amar, uma bossa que ele fez em homenagem à menina. Concorrem também Tempestade e Calmaria (Pedro Holanda), O Vaqueiro e o Violeiro (Gilberto Nascimento e Américo Ereno), Elo Partido (Gambeta), Coisas do Destino (Marysa Alfaia) e Morte no Escadão (José Carlos Guerreiro). TV - Não se pode perder de vista que, além de descobrir novos talentos, o Festival da Música Brasileira tem de ser um bom programa de televisão, como observa o consultor Solano Ribeiro. Nesse sentido, a Central Globo de Comunicações informa que algumas modificações foram realizadas. A apresentadora Renata Ceribelli, que na 1.ª eliminatória entrevistou os parentes dos participantes e torcidas organizadas, ficará amanhã nos bastidores. Maria Paula assume a função anterior de Renata, que pede uma profissional mais extrovertida. A primeira noite teve a média de 20 pontos de audiência. Serginho Groisman recebeu críticas por sua atuação na primeira eliminatória, no sábado passado. Segundo a Central Globo de Comunicações, ele estava nervoso, pois a estréia do festival coincidiu com as gravações do seu programa piloto. Amanhã, ele deverá estar mais à vontade. Será? Além disso, durante a escolha das três finalistas, o Skank e Jorge Benjor farão o pocket show, que no sábado passado foi feito por Caetano Veloso e Virgínia Rodrigues. Dirigido por Roberto Talma, o festival terá ainda mais duas eliminatórias e uma final - todas serão realizadas aos sábados. As 48 músicas classificadas, escolhidas entre as quase 24 mil inscritas, serão lançadas em quatro discos pela Som Livre. As 12 finalistas serão reunidas em um CD. Os três primeiros colocados, o melhor intérprete e o ganhador de um Prêmio Especial do Júri vão dividir o prêmio de R$ 1 milhão. Festival da Música Brasileira, 2.ª eliminatória. Sábado, às 22h40. Rede Globo

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.