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Festival Amazonas de Ópera está definido

Um dos destaques é a montagem de O Anel dos Nibelungos, ciclo de quatro óperas do compositor Richard Wagner, uma das mais importantes, significativas e, também, complicadas obras da história do gênero

Por Agencia Estado
Atualização:

O Governo do Amazonas divulgou na quinta-feira a programação oficial da sexta e da sétima edições do Festival Amazonas de Ópera, único do gênero em todo o Brasil. Entre os destaques do festival está o início da montagem de O Anel dos Nibelungos, ciclo de quatro óperas do compositor Richard Wagner, uma das mais importantes, significativas e, também, complicadas obras da história do gênero. A tetralogia nunca foi feita na íntegra no Brasil e, no ano que vem, deve ser feita, também, pela Osesp, em versão de concerto. O festival de Manaus no ano que vem - que tem direção artística do maestro Luiz Fernando Malheiro e direção-geral de Ines Lima Daou - será aberto oficialmente nos dias 7 e 9 de abril com dois concertos de gala com a Amazonas Filarmônica e solistas que participam das produções do festival. O primeiro, ao ar livre; o segundo, no Teatro Amazonas. Haverá, também, um outro concerto de gala, no dia 12 de maio, em homenagem ao Dia das Mães. A primeira produção, que estréia no dia 24, será A Valquíria, segunda ópera do ciclo de Wagner (a primeira, O Ouro do Reno, será feita no fim do ciclo). A regência será de Malheiro que - após Manon na última edição do festival e La Sonnambula, montada este ano no Rio - volta a trabalhar ao lado do diretor cênico inglês Aidan Lang. No elenco estão o tenor Eduardo Alvarez (como Siegmund), o baixo-barítono Lício Bruno (Wotan), e as sopranos Margaret Jane Wray (Brunhilde), Laura de Souza (Sieglinde) e Céline Imbert (Fricka). Já em maio, nos dias 10, 15, 24 e 16, estréia uma nova produção assinada por Iacov Hillel de Don Giovanni, de Mozart, com regência de Marcelo de Jesus (que este ano regeu A Flauta Mágica, do compositor, em Manaus). Já estão definidos no elenco os barítonos Paulo Szot (Don Giovanni)e Sandro Christopher (Leporello) e as sopranos Rosana Lamosa (Dona Elvira) e Adélia Issa (Dona Anna). A escolha de Don Giovanni reforça o compromisso do maestro Malheiro com a presença de óperas de Mozart no festival: no ano passado, As Bodas de Fígaro e, neste ano, A Flauta Mágica. Da mesma forma, a programação de O Condor, de Carlos Gomes, acrescenta mais uma à série de óperas do compositor que Malheiro tem interpretado e resgatado nos últimos anos. Com estréia prevista para o dia 19 de maio (com récitas também nos dias 22 e 25), O Condor tem no elenco o tenor Rubens Medina e as sopranos Mônica Martins e Céline Imbert. A direção cênica ficará a cargo do alemão Bruno Berger-Gorski. Teatro - Reformado para a edição deste ano do festival, o Teatro da Instalação - prédio do século 18 de dimensões bem menores que o Teatro Amazonas - receberá duas produções, que já fizeram temporada no Rio e em São Paulo nos últimos anos, uma forma de manter o intercâmbio com outros teatros do País iniciado neste ano com A Ópera dos Três Vinténs e La Bohème, produções originais do CCBB do Rio e do Teatro Alfa, respectivamente. Ainda sem datas definidas, duas produções ocuparão o espaço. A primeira delas é o projeto Barroco, também do CCBB carioca, um passeio pelo repertório de compositores como Rameau, Monteverdi e Purcell. O outro é ZAP! - O Resumo da Ópera, no qual Marcelo Tas, auxiliado por cantores líricos, introduz ao público a obra de alguns compositores. ZAP! fez parte do projeto Pocket Opera, do Sesc Ipiranga. Também na quinta-feira foi divulgada a programação de 2003 do festival. O ciclo de Wagner continua com a ópera Siegfried, mais uma vez com regência de Luiz Fernando Malheiro e direção cênica Aidan Lang. Os outros títulos previstos são La Cenerentola, de Rossini, Don Carlos, de Giuseppe Verdi, e, um dos principais destaques, sem dúvida, Madalena, ópera de Villa-Lobos que nunca foi montada no Brasil. Elencos e datas ainda não estão definidos.

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