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Ex-advogado de Jackson defende seu ex-cliente

Mark Geragos disse na corte de Santa Maria que, segundo o cantor, o jovem que o acusa dormiu em sua cama, sem que nada houvesse sexo entre eles. Veja galeria

Por Agencia Estado
Atualização:

O ex-advogado de Michael Jackson, Mark Geragos, declarou hoje no tribunal de Santa Maria em que o cantor é julgado por abuso sexual de um menino de 13 anos que, segundo o astro pop, o jovem que o acusa dormiu em sua cama sem que houvesse entre eles um ato de natureza sexual. Geragos, que declarou que investigava a família do garoto que acusa Jackson e que se mostrou muito preocupado após revolver o passado dos acusadores, foi interrogado se alguma vez ele havia perguntado a Jackson se o menino havia dormido em sua cama. "Sim, disse que não havia acontecido nada. Afirmou que não havia feito nada que se pudesse pensar se tratar de algo sexual e que se alguém havia passado a noite em sua casa foi por amor incondicional", declarou Geragos. O advogado também fez uma forte defesa de seu ex-cliente ao descrever sua primeira visita ao rancho Neverland, uma propriedade de Jackson. "Quando estive lá, vi um cavalheiro que se mostrava quase infantil em seu amor pelas crianças. Não pude ver alguém que fizesse algo nefasto ou criminal, vi alguém que estava pronto para converter-se em foco de demandas", indicou o advogado. Geratos disse que foi contratado em fevereiro de 2003, quando foi divulgado um documentário em que Jackson se mostrava com o menino que agora o acusa de ter sido abusado sexualmente por ele. Ao ser interrogado pelo advogado atual de Jackson, Thomas Mesereau, Geragos disse que as alegações surgidas no documentário o preocupavam, pois o menino ou sua família poderiam aproveitar-se dele. Geragos indicou que ao fazer buscas em bases de dados para verificar se a família havia tido "uma história de litígios", ficou preocupado ao descobrir que já haviam processado a empresa de lojas J.C. Penney sob alegação de que apanharam do pessoal da segurança da loja. A família recebeu UAM compensação financeira como acordo extra-judicial de US$ 150 mil. Geragos disse que contratou um investigador particular para analisar a família e os resultados o levaram a pensar que a família significaria problemas. "Michael não deveria ter tido relações com eles, pois se tratava de um desastre", disse Geragos. Jackson demitiu Geragos do cargo de seu advogado em abril de 2004. Jackson, de 46 anos, foi acusado de ter abusado de um menino de 13 anos doente de câncer, em fevereiro ou março de 2003 e de ter lhe dado vinho, além de conspirar para manter sua família presa para filmar um vídeo que mudasse a imagem negativa que o documentário do jornalista britânico Martin Bashir havia deixado nos espectadores. No documentário, Jackson era visto de mãos dadas com o menino e além disso, afirmando que não via nada demais em dormir com crianças em seu rancho Neverland.

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