‘Eu tive alta do tratamento que fiz e já estou bem de saúde', diz Gil

No projeto 'Trinca de Ases', Gilberto Gil fala sobre sua saúde, novo disco e a situação do Rio

PUBLICIDADE

Por Adriana Del Ré
Atualização:

Gilberto Gilforma o Trinca de Ases com Gal Costa e Nando Reis. O trio estreia turnê em São Paulo nos próximos dias 4 e 5 de agosto, no Citibank Hall. Ao Estado, Gil fala sobre novo disco, sua saúde e a situação do Rio. 

PUBLICIDADE

Você está se dedicando a um novo disco? Acabei de gravar um disco. Não sei quando vai ser lançado, depende do produtor, que é o Bem (Gil, filho), das pessoas que estão em torno do meu trabalho, como a Flora (sua mulher). Eles é que vão programar o lançamento. Hoje em dia, para mim, o conceito de disco mudou muito. Não domino mais o conceito do que seja um disco propriamente. Então, compus canções, as gravei, e quem vai reunir tudo isso num disco são eles.

Você fala isso por causa do jeito que as músicas são consumidas hoje, o streaming...? Sim, exatamente.

Mas é um disco como você sempre fez, com conceito...? Não, nesse caso agora não foi assim. Pela primeira vez não foi assim. São canções soltas que fui fazendo em várias circunstâncias, e gravamos. 

Como está sua saúde?  Já tive o que a gente poderia chamar de alta em relação ao tratamento principal que eu fiz (por causa de insuficiência renal), e já estou bem. Agora, tenho que fazer revisões periódicas para monitorar como estão os rins, como está o coração – são as duas coisas que basicamente requerem um acompanhamento. 

Gilberto Gil forma o 'Trinca de Ases' com Nando Reis e Gal Costa. FOTO: WILTON JUNIOR/ESTADÃO 

Como vê a situação caótica em que o Rio se encontra?  Tenho impressão que ela reflete primeiro uma dificuldade histórica que os governos do Rio sempre tiveram, com a coisa da gestão do Estado, da cidade. O Rio foi muito afetado pela questão das separações entre capital do Estado e capital federal. E agora a crise atual, que se reflete não só no Rio, mas em outros lugares, mas, por causa desses antecedentes, as coisas se tornam piores no Rio. A gente espera que melhore. Vamos acreditar na recuperação da economia de um modo geral, com retomada de empregos, investimento, essas coisas que são clássicas da economia e que afetam muito fortemente o Brasil e o mundo inteiro

Você falou em retomada de economia, mas como é possível fazer isso em meio a uma crise política como a de agora? Fica mais difícil, né, porque a confiança do público nos legisladores e nos executivos, executores das políticas, fica abalada. Aí fica muito mais difícil.

Publicidade

O que acha de Sérgio Sá Leitão como novo ministro da Cultura? Ele teve colaboração com o ministério da Cultura na minha época (foi chefe de gabinete quando Gil era ministro). Trabalhou proativamente na concepção de novas políticas para o cinema. Acho que está pronto para fazer um bom trabalho. 

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.