Estados americanos unem-se contra gravadoras

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Por Agencia Estado
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Trinta Estados americanos uniram-se numa batalha jurídica contra as cinco maiores gravadoras dos Estados Unidos. Eles acusam a Warner Music, Universal, Sony Music, EMI e BMG de combinar desde 1995 o sucessivo aumento no preço dos CDs, violando assim a lei nacional antitruste. Nesta terça-feira, o procurador-geral de Nova York, Eliot Spitzer, entrou com uma ação contra elas. De acordo com ele, os danos causados aos consumidores pela formação do suposto cartel foram estimados em US$ 480 milhões. As empresas são acusadas de aumentar os preços dos CDs valendo-se da política do "preço mínimo recomendado" ao varejista. Quando a "sugestão" não era acatada, o comerciante tinha suas próximas transações com as gravadoras prejudicadas. A prática do "preço mínimo" foi introduzida numa época em que empresas e varejistas tinham seu faturamento arranhado na guerra pelo menor preço. Inibindo os descontos, a política estabilizou o movimento de caixa. E fez os preços subirem. Em maio, a Comissão Americana do Comércio já havia determinado que a prática de impor "preços mínimos" vinha de fato inflacionando o mercado. A comissão determinou então que as cinco grandes acabassem com a prática por sete anos, mas não discriminou nenhuma reparação. A BMG divulgou nota em que afirma acreditar na integridade da prática do "preço mínimo recomendado" e confiar na corte americana ao final do processo.

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