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'Estado' faz seminário sobre crítica musical

Parceria com o Itaú Cultural leva críticos atuantes do cenário nacional para uma conversa com o público

Por Guilherme Sobota
Atualização:

O Estado e o Itaú Cultural promovem neste fim de semana o seminário Crítica e Autocrítica – Os Novos Dilemas da Crítica Musical, na Sala Itaú Cultural (Avenida Paulista, 149). Jornalistas e críticos atuantes no cenário musical brasileiro vão debater os caminhos que a crítica percorre na imprensa e na internet. O evento é uma comemoração aos 30 anos do Caderno 2, e tem entrada gratuita.

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“A crítica passa por um momento em que é posta à prova o tempo todo”, diz o curador e jornalista do Caderno 2 Julio Maria. “Ao mesmo tempo, todo mundo que produz música segue enviando às redações seus discos e materiais promocionais, o que nos leva a pensar que ainda se busca alguma validação por meio dos jornais”, especula.

Na sexta-feira, 9, às 18h (os ingressos devem ser retirados às 17h), se reúnem na primeira mesa Pedro Antunes (Caderno 2), Ivan Finotti (Folha de S. Paulo) e Bernardo Araújo (O Globo), profissionais que fazem crítica regularmente nos três maiores jornais do País – a conversa é mediada pelo próprio Julio Maria. Em seguida, na mesma noite, Renato Vieira (Estado) bate um papo com Ricardo Alexandre e Mauro Ferreira, do portal G1, com o tema Quem merece a crítica?.

Roberto Carlos. A crítica seguindo novos parâmetros Foto: José Patricio|Estadão

No sábado, 10, João Paulo Carvalho, do Estado, media o debate entre Claudia Assef (site Music Non Stop) e Sérgio Martins (Veja), para discutir a reinvenção da crítica na web. E logo em seguida, Carlos Calado (Folha de S. Paulo) e Julio Maria conversam sobre a cobertura de música no papel e nos blogs.

“Vivemos uma espécie de era do ódio: quando um crítico escreve qualquer coisa sobre um artista, os seguidores desse artista iniciam uma perseguição virtual que atinge aqueles profissionais pessoalmente”, diz Julio Maria. “Ninguém quer passar o dia inteiro lendo e ouvindo que é um ‘imbecil’ simplesmente por causa de uma crítica. Então, existem dois lados: o negativo é o crítico se acovardar e não oferecer textos mais analíticos, que vão além do simples elogio. O positivo é o crítico sentir mais responsabilidade com o objeto tema da crítica.”

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