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Espetáculo presta homenagem a João Nogueira

Por Agencia Estado
Atualização:

O samba bate no baião, o baião bate no samba. Tom Zé, brincando, no Rock in Rio, criou a frase. Hoje ela é de grande serventia para ilustrar o propósito do espetáculo Esquina Carioca, nesta quarta-feira à noite, na Tom Brasil. "Ao reeditar o show, a intenção foi terminar com esse corte que existe entre a MPB e o samba. Por que um é melhor que o outro? É tudo música brasileira", afirma o compositor Moacyr Luz, que integra o show e atua como diretor musical. Um dos méritos da segunda edição de Esquina Carioca é mostrar, em cena e por meio do trabalho de grandes artistas nacionais, o quanto a música elaborada de Guinga (um deles) é carregada de referências do subúrbio carioca. "É muito feliz observar que toda a riqueza do subúrbio se mantém, que os costumes, como o de freqüentar um botequim e nele criar-se boa música, estão aí ." O encontro, nessa esquina (ou botequim), se dá inicialmente entre Jards Macalé, Guinga, Moacyr e Zé Renato. Essa é a formação do espetáculo Dobrando a Carioca, apresentado mais de 50 vezes em 2000. Os quatro uniram-se também num botequim, o Bar Luiz, no centro do Rio. Envolvido na concepção do primeiro show Esquina Carioca, uma iniciativa do bar Pirajá, Moacyr sugeriu a adaptação do Dobrando. E cada um deles convidou outro bamba para participar. No caso, Luiz Melodia, Paulo Moura, Nei Lopes e Elton Medeiros. Os convidados entram no decorrer do espetáculo, interpretando dois ou três sucessos. No total, são 24 composições. Tudo isso deve ocorrer com muita naturalidade. "Procuramos ensaiar, mas o fim será uma grande surpresa. O que sabemos é que a conversa no botequim termina com boa música", diz Moacyr. O espetáculo é também uma homenagem ao sambista João Nogueira, que participou do primeiro Esquina Carioca, em 2000. O inédito encontro será editado em CD, pelo selo Dabliú. Segundo Ricardo Garrido, produtor do evento e um dos sócios do Pirajá, o show está incorporado ao calendário cultural de São Paulo, podendo se repetir em seis meses.

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