Enya deve quebrar recordes de venda

A cantora irlandesa que já vendeu 44 milhões de discos está querendo fazer uma turnê e lançar um especial de TV. E confessa que deixou de ser compulsiva no trabalho

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Por Agencia Estado
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Quem ouviu Enya jamais esquece. A cantora irlandesa é assim: provoca paixões ou arrepios de horror. Com seu último disco lançado, A Day Without Rain (aqui no Brasil pela WEA/Reprise) ela arredondou para 44 milhões de discos a sua vendagem de quatro títulos e uma coletânea de greatest hits. Os fãs de sua música new age referem-se a ela só em maiúsculas: A Diva da Diáspora, a Rainha do Medievalismo Moderno, coisas assim. Acham até que sua música tem poderes curativos (não, não para insônia). Por outro lado, quem não gosta, como Barry Walters, crítico da revista Rolling Stone, é implacável. Ele escreveu: "Se Enya fosse um Pokémon, seria o Jigglypuff, o monstrinho rosa que deixa seus inimigos indefesos cantando para que eles durmam. O que não é uma coisa ruim. Todos nós precisamos de algum repouso." Logo em seguida, ele compara Enya a "um parente que conta as mesmas histórias todo feriado". De qualquer forma, pelas vendas aqui no período natalino, A Day Without Rain deve quebrar recordes de vendagem. Fazia cinco anos que Enya não lançava nada. Os fãs só sabiam que ela estava preparando algo no castelo irlandês onde mora, grava e medita. Além disso, Enya não faz turnês e shows. Ou os fãs compram os discos ou ficam sem sua dose. Ela conseguiu presenteá-los com um CD em que sua voz bonita mas fraquinha, desfila a habitual mistura de música celta com a tradição de baladas irlandesas, com arranjos que nunca deixam de incluir coros celestiais. Enya tem 39 anos e, no mundo, tem um nome bem mais complicado: Eithne Ni Bhraonanin. Compositora, cantora e intérprete de vários instrumentos, pela primeira vez em sua carreira, que começou nos anos 70, na banda Clannad ("família" em gaélico), resolveu dar um tempo na dedicação ao trabalho. "Comecei a perguntar se estava feliz com minha forma de trabalhar. Pensei: não preciso passar sete dias por semana no estúdio", contou Enya ao jornal USA Today. Ao gravar A Day Without Rain, Enya parou nos fins de semanas e até tirou uns diazinhos de férias. O resultado, segundo ela, é um disco com "um clima muito contente e positivo - e que reflete bem onde estou agora". Esse clima pode trazer uma notícia e tanto para seus fãs: pela primeira vez ela está pensando em fazer uma turnê . Embora seja impossível recriar o som do estúdio, em que ela toca todos os trechos instrumentais e grava todas as harmonias vocais, Enya imagina uma produção no palco que incluiria uma orquestra e um coro. Além disso, ela está brincando com a idéia de fazer um especial de TV em 2001.

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