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Entrevista com Chris Baio

Por Jotabê Medeiros
Atualização:

Quando Paul Simon fez Graceland, foi acusado de apropriação cultural. Vocês também são acusados disso. Qual seu ponto de vista a respeito?

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Sei que há algumas considerações assim, pessoas que se sentem assim. Não sou o melhor para arbitrar isso, mas acho que, vivendo numa cidade como Nova York, onde há gente de todo lugar do mundo, influências culturais tão diversas, não havia outro jeito. Nossa música tinha que ser um grande retrato da vida na cidade. Nossa música tem um caráter mais nebuloso, não tem uma cópia ali. Há guitarras, coisas eletrônicas.

O brasileiro Mauro Refosco toca no seu álbum. Como pintou a colaboração?

Bom, ele vivia nas imediações, no mesmo bairro. Tocamos nos mesmos lugares. Ele disse uma vez que, se precisássemos de um percussionista, bastava chamá-lo. A agenda de shows é louca, não fizemos planos de tocar juntos no Brasil, mas seria legal se desse certo.

Muita gente aponta influência dos anos 1980 nos seus discos, e você sabe, aquela é uma década de estética bastante desprezada.

Na verdade, vejo mais influências dos anos 90. Não temos memórias concretas daquele tempo. ninguém era nascido, e a gente era criança nos anos 1990. Quando fomos fazer o segundo disco, queríamos que soasse fresco, novo. Então, buscamos algumas referências na bateria, na percussão que era comum nos anos 90.

Vocês estão sendo processados pela garota da capa do disco Contra. Como está o processo?

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Ainda está correndo o processo, não acabou. Nós escolhemos aquela foto porque simbolizava o espírito do que era o disco. Pagamos por ela. Sentimos por não ter tido tempo de conversar com ela previamente, antes de acertar com o fotógrafo. Espero que termine bem.

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