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Empresário do Backstreet Boys é acusado de abuso sexual

Ex-integrantes de 'boy bands' declaram à revista 'Variety' que Pearlman exigia favores sexuais

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Por Redação
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A edição de novembro da revista Variety traz uma matéria sobre o empresário mais famoso do mundo da musica pop, Lou Pearlman. Fundador de bandas como Backstreet Boys, o executivo é descrito por diversos ex-cantores e aspirantes a cantores como um 'predador sexual'.   Na matéria, Pearlman, de 53 anos, é classificado como alguém que tem o mesmo carisma tanto para exigir favores sexuais de adolescentes quanto para fraudar investidores. Atualmente, o empresário e ex-multimilionário está preso na Flórida.   No início dos anos 1990, assim que boy bands como Backstreet Boys e N'Sync, lançadas por Pearlman, estouraram nas paradas dos EUA, o empresário enchia sua casa - uma mansão de aproximadamente 400 metros quadrados com telões de cinema, vídeo games, piscina e uma pista de boliche - de adolescentes, escreve a revista.   Após realizar audições desses jovens, muitos na casa dos 13 anos, Pearlman conseguia que os garotos passassem o tempo livre na sua casa. Um grupo de garotos chegou a dizer à Vanity Fair que, como assessores, tinham emprego garantido em bandas de sucesso, em troca de favores sexuais.   Enquanto alguns meninos só ouviram rumores, outros declaram à Vanity fair e à ABCNews.com que Pearlman lhes mostrava pornografia, além de levá-los a clubes de strip-tease e aplicar neles massagens sexuais. Eles também afirmam que já viram outros meninos deixarem o quarto de Pearlman tarde da noite.   "Alguns meninos brincavam sobre isso. Eu lembro (um cantor, cuja identidade não foi revelada) me perguntando: Você já deixou Lou te tocar?", diz Steve Mooney à Vanity Fair. Quando tinha 20 anos, Mooney trabalhou como assistente pessoal de Pearlman e morou em sua casa por dois anos na esperança de entrar para alguma banda do empresário.   Por meio de seu biógrafo, o empresário nega todas as acusações.   Detido desde julho nos EUA, Pearlman soma em sua lista de acusações fraudes que somam US$ 445 milhões (R$ 630 milhões) contra investidores individuais e de diferentes bancos. Ele foi preso em junho na Indonésia. Após julgamento, o ex-magnata pode pegar até 130 anos de prisão.

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