EMI rompe com Mariah Carey

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Por Agencia Estado
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A gravadora britânica EMI desistiu da cantora norte-americana Mariah Carey. Conforme anúncio feito hoje, em Londres, a empresa rompeu o contrato milionário que a cantora havia firmado com o selo Virgin, que pertence à EMI. Pela rescisão, a gravadora está disposta a desembolsar US$ 28 milhões. No início do mês, a EMI havia negado rumores de que queria encerrar o contrato com a cantora. O namoro de Mariah Carey com a Virgin entrou para a história da indústria fonográfica mundial pelo valor recorde do contrato. Se cumprido, ela deveria receber cerca de US$ 100 milhões por uma série de quatro álbuns. No entanto, o primeiro deles, Glitter, decepcionou a gravadora: teve 2 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, mas ficou muito abaixo das marcas alcançadas pela Columbia Records, antiga gravadora de Mariah. Assim como o álbum, o filme homônimo também fracassou nas bilheterias e teve baixíssimo retorno. A gravadora investiu US$ 10 milhões em Glitter e amargou um alto prejuízo. E a quebra do contrato mostra que a EMI não tem nenhuma esperança de que a carreira da artista, uma das que têm os melhores números de vendas na música pop, recupere seu trono. Alguns analistas da indústria questionam a decisão da empresa e acham que a performance ruim do álbum teve relação com os problemas de saúde da cantora e a época em que o disco foi lançado. No ano passado, Mariah Carey foi internada duas vezes por conta de uma crise nervosa. Há outros fatores que levaram ao fim da parceria da gravadora com a pop star. Um deles é a mudança na direção da empresa. Mariah foi contratada por Ken Berry, que queria aumentar a participação do grupo no mercado musical dos Estados Unidos. Ele foi muito criticado por ter resolvido pagar US$ 100 milhões por quatro discos de uma cantora que já era considerada uma estrela em decadência. Meses depois do negócio, Berry foi substituído por Alain Levy, um de seus críticos mais contundentes. A conquista do mercado americano ainda não foi conseguida e os números de vendas de CDs estão baixíssimos em todo o mundo. Em 2001, a queda nas vendas foi de 5% a 10%, em geral, e a dos lucros, de 20%. Para este ano, a situação deve ser a mesma. Ainda assim, a EMI é o terceiro maior grupo fonográfico mundial. Os acionistas da empresa devem estar felizes com a quebra do contrato. Quando surgiram os boatos de que a EMI estava para descartar Mariah, suas ações subiram substancialmente na bolsa de valores de Londres. Quando a notícia foi negada pela gravadora, as ações despencaram. A diva pop, que está com 31 anos, não fez nenhuma declaração até agora sobre o fim do contrato. Não há nenhum lançamento dela em vista para os próximos meses. Mas os fãs vão poder vê-la nas telas novamente em breve. O filme Wise Girls, em que contracena com Mira Sorvino, foi exibido este mês no Festival de Sundance, em Park City, Utah, e deve chegar em breve às telas de cinema nos Estados Unidos.

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