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Em novos singles, Gal Costa canta com Jorge Drexler e Rubel

As canções Negro Amor e Coração Vagabundo farão parte do álbum Gal 75, que será lançado no ano que vem

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Por Danilo Casaletti
Atualização:
A cantora Gal Costa comemora seus 75 anos com novo álbum de duetos Foto: Julia Rodrigues

A cantora Gal Costa decidiu comemorar seus 75 anos, completados em setembro, com um álbum em que canta seus antigos sucessos em duetos com dez cantores. Quatro desses encontros musicais já haviam sido lançados em formato de singles no mês de novembro – Nenhuma Dor (com Zeca Veloso), Avarandado (com Zé Ibarra), Juventude Transviada (com Seu Jorge) e Meu Bem, Meu Mal (com Zé Ibarra). Nesta sexta-feira, dia 18, outras duas gravações chegam às plataformas digitais: Negro Amor, com o cantor e compositor uruguaio Jorge Drexler, e Coração Vagabundo, com o fluminense Rubel.

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Gravada originalmente por Gal em 1977, no disco Caras & Bocas, Negro Amor é uma versão de Caetano Veloso e Péricles Cavalcanti para o folk rock It's All Over Now, Baby Blue, de Bob Dylan, lançada em 1965. A versão com Drexler, que gravou voz e violão em Madri, onde vive, além da voz de Gal, também recebeu violinos e violas de Felipe Pacheco, que assina a produção ao lado de Drexler e Marcus Preto, e o cello de Marcus Ribeiro.

Gal e Seu Jorge – Juventude Transviada

Conservando a pegada folk, a nova versão abre com a voz de Gal para depois dar passagem para a de Drexler que canta sua parte também em português – quase sem sotaque – para uma pequena brincadeira no final. Em homenagem à Gal, o cantor e compositor escreveu os versos:

“Boca de carmín profundo,

noche profunda en el pelo

y una voz que es puro anhelo,

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todo el anhelo del mundo.

En aquel primer segundo

que oí su canto floral

-hecho de seda y cristal-

mi corazón juvenil

pensó “ya entiendo Brasil:

Brasil es la voz de Gal”

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Em português:

“Boca de carmim profundo,

noite profunda o cabelo,

é uma voz puro desejo:

todo o desejo do mundo.

Naquele primeiro segundo

que ouvi seu canto floral

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-feito de seda e cristal-

meu coração juvenil

pensou “já entendo o Brasil:

Brasil é a voz de Gal”

Coração Vagabundo, assinada apenas por Caetano Veloso, e lançada por Gal e Caetano no disco Domingo, de 1967, traz a voz e o violão de Rubel e também cordas de Felipe Pacheco e Marcus Ribeiro em uma versão bastante fiel à original, com inspiração de João Gilberto, de quem Gal e Caetano sempre foram devotos.

O cantor Rubel, inclusive, pode ser chamado de “padrinho” de projeto, já que foi a partir de uma gravação ao vivo dele e Gal para Baby, lançada em junho deste ano, que a ideia de um disco de duetos deslanchou pelas mãos do produtor Marcus Preto.

Para janeiro, ainda estão programados outros quatro singles que trarão duetos de Gal com Criolo, Silva, Tim Bernardes e o português António Zambujo. Todas essas gravações irão compor ao álbum Gal 75, que será lançado em CD e LP pela gravadora Biscoito Fino, em fevereiro de 2021. A ideia inicial era a de que Gal também fizesse um álbum de duetos com cantoras, porém, esse projeto ainda não está confirmado.

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