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Elis tem fãs de todas as idades

Não importa a idade nem a época para que as pessoas se encantem com a voz e as atitudes de Elis Regina. Um tinha 10 anos quando ela morreu, a outra, tinha completado 3, e, por fim, a mais nova ainda estava para nascer

Por Agencia Estado
Atualização:

Não importa a idade nem a época para que as pessoas se encantem com a voz e as atitudes de Elis Regina. Um tinha 10 anos quando ela morreu, a outra, tinha completado 3, e, por fim, a mais nova ainda estava para nascer. O faxineiro Evaldo Simões, com 30 anos, conheceu Elis por intermédio de um amigo, em 1985. A VJ da "MTV" Sarah, hoje com 23 anos, já a ouvia "da barriga da mãe" e a cantora iniciante Camila Titinger, de 12 anos, está descobrindo e estudando somente agora a dona daquela voz que a mãe sempre escutava e com quem ela própria sempre gostou de cantar. "A Elis me chama a atenção porque, para cada música, ela tem um sentimento, uma voz", explica Camila. A cantora mirim está lançando um CD, foi contratada para cantar no programa Gente Inocente, da "TV Globo", e desde criança sabe as músicas do repertório de Elis Regina de cor. "Gosto muito dela, mas ainda não sei muito sobre ela. Agora é que estou pesquisando. Antes eu cantava, mas não sabia que ela era essa pessoa importante", diz. Sua música preferida é Fascinação. Já a VJ Sarah conta que a mãe escutava Elis e Clara Nunes quando estava grávida. "Minha mãe brinca dizendo que desde que eu estava na barriga dela, já ia treinando o meu ouvido." Mas foi com 7 anos que ela realmente começou a escutar Elis. Hoje, tem todos os CDs e os elepês de seus pais. Sua impressão é de que a cantora, também conhecida como ´Pimentinha´ era "meio louquinha e tinha sensibilidade à flor da pele" e o que mais fascina em Elis é sua atitude no palco, que sempre dependia de seu humor, segundo entende. As músicas de que mais gosta são as compostas por Chico Buarque. Admira especialmente a interpretação de Atrás da Porta. E Evaldo Simões foi daqueles fãs de carteirinha. Literalmente. Associou-se ao fã-clube Elis em Movimento em 1988, comprava pôsteres, revistas de fotos e fofocas da década de 70, mesmo as póstumas, e tinha os discos de todas as fases da cantora, que ele separa assim: "O Fino da Bossa, fase Jair Rodrigues, e fase Tom Jobim." Sua música preferida é Como Nossos Pais, de Belchior, e os discos preferidos são Falso Brilhante e Saudades do Brasil. De Elis, guarda a impressão de emoção e verdade no jeito de cantar e "sua capacidade de mudar tanto o repertório quanto os timbres de voz. "Elis é música para músicos", finaliza.

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