
31 de março de 2021 | 11h02
Um juiz norte-americano rejeitou nesta terça-feira uma tentativa do cantor e compositor inglês Ed Sheeran de dispensar um de três processos que o acusam de copiar seu hit de 2014 Thinking Out Loud do clássico de 1973 Let's Get It On, de Marvin Gaye.
O juiz Ronnie Abrams, de Manhattan, decidiu que a Structured Asset Sales, que detém um terço dos direitos de Let's Get It On do patrimônio do coautor Ed Townsend, pode processar Sheeran, a Sony Music Publishing e outros envolvidos no registro de direitos autorais de abril de 2020 para uma gravação em estúdio da canção.
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Esse registro "permite ao tribunal inferir razoavelmente que o reclamante detém a propriedade dos direitos autorais de 2020" e pode prosseguir em processo por direitos autorais, disse Abrams.
Apesar disso, Abrams colocou o caso em suspensão, citando uma "sobreposição significativa" da ação do pleiteante contra Sheeran pelos direitos de 1973 com base apenas na partitura da canção de Gaye.
A Structured Asset Sales, de propriedade do banqueiro de investimentos David Pullman, busca mais de 100 milhões de dólares em indenização.
O registro de 2020 para Let's Get It On supostamente inclui "elementos musicais" que não estão presentes na partitura.
Os advogados de Sheeran e da Sony não responderam imediatamente a pedidos por comentários.
Um dos maiores nomes soul music, Marvin Gaye nasceu em 2 de abril de 1939 e morreu em 1º de abril de 1984, aos 44 anos, assassinado pelo próprio pai. O músico, que morava na casa do pai, o pastor Marvin Pentz Gaye, após ter crises de depressão, vivia em conflito com ele. Em um momento de uma discussão mais acirrada, Pentz atirou no filho, usando a arma que ganhou dele.
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