Em 1961, Ray Charles já era Ray Charles. Seis anos depois do estouro de Elvis Presley, Charles mudava de gravadora já como uma força incontrolável da natureza, um pianista cego do interior de Los Angeles, 31 anos, mulherengo, viciado em heroína e que só precisava contar de um a quatro para fazer o mundo parar. Não era tudo, Ray Charles ficaria maior. Mas aquela temporada de shows no paraíso de Antibes, na costa francesa, era sua primeira chegada à Europa. Suas quatro apresentações ali, em 18, 19, 21 e 22 de julho de 1961, foram gravadas e, agora, saem em DVD com o peso de um sítio arqueológico (muitas imagens já estão no YouTube).