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Dônica faz som cabeça, mas faltou 'cuca fresca' para o público curtir a psicodelia no Rock in Rio 2015

Banda com filho de Caetano Veloso teve a companhia do maestro Arthur Verocai

Por Pedro Antunes
Atualização:

RIO - A banda de jovens cariocas Dônica abriu as atividades do Rock in Rio 2015 nesta sexta-feira, 18, no Palco Sunset, o secundário do festival, com toda a pompa de novidade fresquinha da cena alternativa carioca. São todos jovens, cabeludos e reverentes ao som setentista. A cuca fresca em cima do palco, contudo, não correspondia ao cenário em frente a eles.

Com exceção da zona em frente ao palco, cuja sombra proporcionava algum alívio diante dos 36º que marcavam os termômetros às15h, no Rio de Janeiro, todo o resto da Cidade do Rock, arena montada em Jacarepaguá, fervia.

Dônica no palco do Rock in Rio. Foto: Pedro Antunes/Estadão Foto: Dônica no palco do Rock in Rio. Foto: Pedro Antunes/Estadão

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No palco, o Dônica mostrava algo que faltou no disco de estreia, que leva o nome do grupo, lançado neste ano. O refinamento abusivo do disco ganha com a inconsistência do palco. E isso é um elogio. Deixa-se o perfeccionismo de estúdio e adquire-se alma.

Viagens psicodélicas dos anos 1970, como a longa introdução instrumental, contudo, não são capaz de funcionar debaixo de um sol escaldante. Nem com sombra e água fresca. Destaques que exibiram alguma reação do público foram Macaco No Caiaque e a boa Bicho Burro. A presença de Arthur Verocai, maestro de renome do cenário brasileiro, foi ofuscada pelo implacável astro rei.

Tom Veloso, o filho de Caetano Veloso e Paula Lavigne (esta, presente na plateia) é “integrante fantasma” da banda, que assina as composições mas não aparece ao vivo. No Sunset, ele subiu ao palco algumas vezes, com violão.

 

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