Domingo, Pavarotti e Carreras, cantam em SP em julho

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Por Agencia Estado
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Juntos, eles provocaram a ira de poucos e a paixão de multidões. Lado a lado em concertos ocasionais desde 1990, Plácido Domingo, José Carreras e Luciano Pavarotti trazem pela primeira vez à América Latina, no dia 22 de julho, o Three Tenors in Concert, que terá como palco o estádio do Morumbi. A regência será do maestro Marco Amiliato. Iniciativa da Ocesa-Mercury, empresa do grupo mexicano Corporación Interamericana de Entretenimiento, a apresentação em São Paulo será a 24.ª do time e custou aproximadamente R$ 3,6 milhões. Os ingressos, que vão de R$ 40 a R$ 500, estão sendo vendidos na bilheteria principal do Estádio do Morumbi (Praça Roberto Gomes Pedrosa, s/n.º), no Credicard Hall (Avenida das Nações Unidas, 17.955), no Teatro Jardel Filho (Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 884) e no Teatro Ópera (Rua Rui Barbosa 266). Há, também, a possibilidade de comprar os ingressos pelo telefone 3177-3663. E quem quiser participar do jantar beneficente com os cantores, após o concerto, terá que desembolsar a quantia de R$ 2 mil. História - Plácido Domingo, Luciano Pavarotti e José Carreras reuniram-se pela primeira vez em 1990, em um concerto em Roma. Convocados pelo produtor Tibor Rudas, os três apresentaram um programa que reunia, além de árias célebres, canções de diversos países. Quatro anos depois, o trio cantou junto novamente, dessa vez em Los Angeles, na véspera da final da Copa do Mundo de Futebol. Como o primeiro, o programa do concerto nos EUA misturava, para horror dos puristas de plantão, canções e árias, incluindo curiosos arranjos para três vozes de peças como Nessun Dorma, da Turandot, de Puccini, e Brindisi, da La Traviata, do italiano Giuseppe Verdi. Transmitido pela TV para mais de cem países, o concerto custou aproximadamente US$ 10 milhões. Após a apresentação em Los Angeles, o grupo resolveu sair em turnê, deixando de se apresentar apenas em Copas do Mundo. Foram 20 apresentações - a última em Cleveland, no domingo - em Londres, Tóquio, Viena, Nova York, Melbourne e Munique, entre outras cidades. Em 1998, no entanto, foram a Paris por ocasião da Copa do Mundo da França e, tendo como palco a Torre Eiffel, repetiram a fórmula de sucesso, atingindo milhões de pessoas pela TV. Atualmente, Plácido Domingo tem se mostrado o mais versátil dos três, na carreira-solo. José Carreras e Luciano Pavarotti andam sumidos das principais casas de ópera do mundo, onde, um dia, despontaram para a fama - resultado de uma escolha muitas vezes, equivocada de repertório. Domingo, porém, aos 60 anos, continua em plena atividade. Acabou de gravar, pela primeira vez em sua carreira, com a Filarmônica de Los Angeles, a obra Das Liede Von der Erde, de Mahler. E, além de ocupar o posto de diretor da Ópera de Los Angeles, vai participar do Festival de Bayreuth, um dos mais traicionais do mundo, como Siegmund, no ciclo O Anel dos Nibelungos, de Wagner. Além disso, tem se dedicado com ênfase à regência.

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