Djavan reorganiza "Milagreiro" e retorna a SP

O cantor errou a mão no repertório quando estreou no Directv. Saiu em turnê, fez vários ajustes no show e está de volta à capital para mostrar o que mudou. Nova apresentação traz um inusitado sabor de estréia

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Por Agencia Estado
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Djavan tem sido mesmo um milagreiro. Quando estreou sua nova temporada de shows, em abril, no Directv Music Hall, não acertou a mão no repertório e frustrou quem esperava ouvir mais do que sua coleção de hits. Então, saiu pelo interior e capitais, reorganizou as canções e chegou a ser visto por 200 mil pessoas. Sua volta a São Paulo, este fim de semana no Credicard Hall, tem causado mais expectativas que a própria estréia. Milagreiro, o disco, é o primeiro álbum com músicas inéditas desde Bicho Solto, de 1998. Mas em cena, aparece diluído no mar de hits criado por ele nos anos 80 e 90. Inéditas como Cair em Si, Farinha e Milagreiro estarão ao lado de Eu te Devoro, Flor de Lis, Se, Pétala, Linha do Equador e Samurai. A banda familiar prossegue a seu lado. Na guitarra estará Max Viana, que prepara disco-solo, e na bateria, João Viana - seus dois filhos. Os outros integrantes são Renato Fonseca, teclados, e Sérgio Carvalho, baixo. O palco limpo, com apenas quatro acompanhantes e não mais oito, como no ano passado, é novidade com relação aos shows de seu vitorioso álbum ao vivo, lançado em 2000, que vendeu perto de 2 milhões de discos. Os ingressos, avisa a assessoria do artista, estão quase esgotados. E lotar o Credicard Hall, casa para mais de cinco mil pessoas, tem sido missão para artistas de apelos comerciais maiores, como Sandy & Júnior. Sem dizer que o novo CD de Djavan é bom, mas não ganhou grandes espaços nas rádios. Milagreiro representa um retorno a algumas manias de compor que já não eram mais lembradas pelo alagoano. O xote de seus primeiros discos, que deixou de cantar mesmo quando o baião ficou em alta, volta na balançante Farinha. Há ainda rock em Lugar Comum e samba em Meu. Influências da black americana ficam mais para Om. Na paralela, Djavan arquiteta a criação de um grupo formado só por familiares. Além dos filhos que o acompanham, haveria ainda a presença da pianista, compositora e cantora Flávia Virgínia. O nome provisório é Banda Laia. Só não há prazos para colocar o projeto na prática, mesmo porque os filhos começam carreiras-solo. O show não tem uma grande produção mas conta com cenário e figurino cuidadosos. A iluminação é de Maneco Quinderé. Djavan. Hoje e amanhã, às 22h. Domingo, às 20h. Credicard Hall (Avenida das Nações Unidas, 17955. Tel. de informações: 6846-6000). Ingressos: de R$ 25 a R$ 80. Estacionamento: R$ 15.

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