Dez anos reinventando a música pop

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Por Agencia Estado
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A Orquestra Jazz Sinfônica realiza amanhã, às 11h, na Praça da Paz do Parque do Ibirapuera, o primeiro de uma série de concertos que fará em comemoração aos seus dez anos de existência. À frente do conjunto, empunhando a batuta, estarão o maestro Cyro Pereira e o regente adjunto Mateus Araújo. Experiência única na música brasileira, a Jazz Sinfônica é um dos corpos estáveis da Universidade Livre de Música e destaca-se pela interpretação de músicas populares com tratamento sinfônico. O repertório da Orquestra é variado: valsas, choros, peças de novos compositores e clássicos da MPB são apenas alguns dos estilos que o conjunto execulta em seus shows e discos. O balanço que faz o maestro Cyro Pereira nestes dez anos de existência é positivo. ?Chegamos até aqui com muito sacrifício, digo que em grande parte o processo foi muito bom. No restante, os percalços que sempre temos pelo caminho?. Todos os músicos que fazem parte do conjunto são prestadores de serviço com os ordenados vinculados ao Estado. Assim, nem todos são exclusivos da orquestra. A esse respeito o maestro comenta: ?Ninguém tem um ordenado maravilhoso neste país. Por isso, todos precisam se virar?. No repertório de amanhã, sob regência do Maestro Cyro Pereira, Jobiniana de Antonio Carlos Jobim; Stella by Starlight de Victor Young, Suite Jerome Kern de J.Kern; Aquarelas de Sambas, de compositores diversos; Vera Cruz de Milton Nascimento e Buarquena de Chico Buarque de Holanda. Para completar, Dukeness de Duke Ellington; Chamada a Cobrar de Mateus Araújo; Olé de Nelson Ayres, Fuga 9 de Astor Piazzola e Bye Bye Brasil de Roberto Menescal e Chico Buarque de Holanda, regidas por Mateus Araújo. Arranjos especiais Em 1990, a idéia era montar uma orquestra para retomar a tradição brasileira na produção de arranjos especiais para clássicos da música popular. Encabeçando o projeto estavam os músicos Arrigo Barnabé e Eduardo Gudim e o ex-secretário de cultura do Estado, Fernando Moraes. Neste momento, o maestro Cyro Pereira foi convidado a participar do grupo em função de sua experiência como arranjador para os festivais de música popular brasileira da Record. Hoje, dez anos depois, 85 músicos integram a Jazz Sinfônica e compõem no palco uma mistura de orquestra clássica e big-band popular. Quem também participava da Jazz Sinfônica mas recentemente deixou o grupo é o maestro Nelson Ayres. No repertório acumulado neste período, mais de 400 composições e inúmeros arranjos especialmente escritos para serem tocados pela orquestra. Tantas músicas foram gravadas em seis discos lançados ao longo destes dez anos. O último, gravado ao lado de João Donato no Memorial da América Latina, será distribuído pela gravadora norte-americana Elephant. Das marcas que caracterizam a trajetória da orquestra, está a comum participação de compositores de grande expressão em seus concertos. Tom Jobim, Milton Nascimento, João Bosco, Dori Caymmi, Toquinho, entre inúmeros outros. Além desta apresentação na Praça da Paz, a Jazz Sinfônica também tocará, marcando seu dez anos de estrada, no Teatro Municipal de São Paulo e na Sala São Paulo. Orquestra Jazz Sinfônica ? Domingo, na Praça da Paz do Parque do Ibirapuera às 11h, de graça

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