Defesa de Jackson quer excluir provas contra o cantor

Se as provas encontradas no escritório de um investigador particular forem excluídas, a acusação perderá seu principal argumento

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Por Agencia Estado
Atualização:

No que diz respeito a aparições em tribunais, foi uma cena digna de Hollywood, com Michael Jackson e sua família, todos de branco, enquanto chegavam na corte de Santa Maria. Dentro do tribunal, os Jackson se sentaram por horas e encararam duramente seu maior inimigo, o promotor Tom Sneddon, que tenta há dez anos mandar o astro pop para a cadeia por abuso de menores. Na sala da corte do juiz Rodney Melville, o advogado de defesa Thomas Mesereau Jr. passou mais de três horas interrogando Sneddon. Mesereau quis mostrar que o promotor violou os direitos de cliente de Jackson ao fazer uma busca no escritório de um investigador particular que trabalhava para o advogado anterior do cantor. Em seu depoimento, o advogado da acusação manteve o argumento de que não sabia da ligação profissional entre o ex-advogado de Jackson, Mark Geragos, e o detetive particular Bradley Miller, cujo escritório foi revistado em novembro em busca de provas contra o cantor. Mais testemunhas devem ser ouvidas na audiência que deve durar toda a semana. Mesereau foi intimado, e, entre outras testemunhas, está o psicólogo que primeiro denunciou o abuso de um menor de 12 anos e o advogado que representou a mãe do menino por um tempo. A família Jackson não deve voltar ao tribunal para ouvir esses depoimentos. include $DOCUMENT_ROOT."/ext/divirtase/tickermichael.inc"; ?>Mesereau e Sneddon trocaram palavras duras ontem. Mesereau quer que as provas encontradas no escritório de Miller sejam excluídas do processo. Se conseguir, isso poderia minar os argumentos da acusação. Este assunto deve ser resolvido antes do início do julgamento de Jackson, marcado para 31 de janeiro de 2005. Jackson, que vestia um terno branco com detalhes em dourado, ficou sentado e quieto o tempo todo, encarando o promotor durante seu depoimento. Cinco dos irmãos de Jackson, também vestidos de branco, encheram uma fileira na corte. A família deixou a sala de audiência assim que Sneddon terminou de depôr. Há dez anos, Sneddon também tentou levar Jackson aos tribunais por causa de acusações de abuso de menor. Mas o caso foi cancelado quando a família acusadora aceitou um acordo milionário e se recusou a testemunhar. Do lado de fora da corte, ontem, mais de 100 fãs se reuniram para gritar palavras de apoio ao cantor, enquanto Jackson passava por eles usando óculos escuros, protegido por uma sombrinha e rodeado de seguranças. Jackson, de 45 anos, está sendo acusado de praticar atos lascivos com um menor, oferecer bebibas e outras suvstâncias tóxicas a um menor e conspiração, que reúne as suspeitas de tentativa de seqüestro, cárcere privado e extorsão. Ele se declarou inocente e está em liberdade após pagar uma fiança de US$ 3 milhões.

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