
03 de agosto de 2012 | 17h03
O tribunal de Moscou encarregado do caso se recusou nesta sexta-feira a ouvir a maioria das testemunhas convocadas pela defesa para depor a favor da banda Pussy Riot, o que reduziu as esperanças dos grupos de defesa dos direitos humanos de que elas possam escapar de longas penas.
A banda é formada por Maria Alyokhina, de 24 anos, Nadezhda Tolokonnikova, de 22, e Yekaterina Samutsevich, de 29.
"Putin nos enganou ainda mais uma vez", disse o advogado da defesa, Nikolai Polozov, no Twitter. "A corte continua pressionando as réus e a nós."
As integrantes da banda podem pegar até 7 anos de prisão se forem condenadas por vandalismo, num caso que atraiu críticas internacionais e que a oposição diz ser parte da repressão do governo russo a dissidentes.
A polícia prendeu pelo menos três pessoas diante da corte, no quinto dia do julgamento, depois que subiram numa sacada diante do tribunal e gritaram "Liberdade para a Pussy Riot".
A performance da Pussy Riot na catedral foi parte de um amplo movimento de protesto no inverno contra o retorno de Putin à Presidência. Foi a maior onda de manifestações que ele enfrentou em 12 anos de poder, como presidente e primeiro-ministro.
(Reportagem adicional de Gabriela Baczynska)
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