Declarações de Jackson podem ser usadas no tribunal

Promotores querem mostrar aos jurados entrevistas nas quais o cantor Michael Jackson fala sobre o hábito de dividir a cama com garotos Veja a galeria do julgamento

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Por Agencia Estado
Atualização:

Promotores no caso em que o astro pop Michael Jackson está sendo julgado por abuso de menor querem mostrar aos jurados entrevistas nas quais o cantor fala sobre o hábito de dividir sua cama com garotos. Jackson, de 46 anos, disse em uma entrevista a uma TV britânica e também no documentário Living With Michael Jackson que dividiu sua cama com o garoto de 13 anos que o acusa de abuso. Os promotores argumentam que as afirmações do cantor, feitas em 2003, são "admissíveis como confirmação" das acusações feitas pelo menino. "Com certeza, a admissão de que ele dormiu com muitos garotos mostra claramente a sua disposição em dormir com garotos", disse a equipe de acusação, num documento de 17 páginas. "Eu dormi numa cama com muitas crianças. Dormi na cama com todos eles", disse o cantor na entrevista ao canal britânico. O astro pop disse que é aceitável dividir sua cama com crianças, acrescentando que não é um pedófilo, mas que apenas fez isso por amor. Por outro lado, advogados do cantor querem apresentar provas relacionadas à família do garoto que abriu o processo, dizendo que eles são "acusadores profissionais". A família recebeu US$ 150 mil (cerca de R$ 400 mil) por danos, num processo contra duas lojas, depois de afirmarem terem sido atacados em um estacionamento por seguranças em 1998. A família do garoto foi acusada de ter deixado as lojas sem pagar por alguns produtos. A mãe do menino depois mudou a acusação, dizendo que tinha sofrido um ataque sexual durante o incidente. A promotoria está tentando limitar o uso dessa prova, dizendo que ela é irrelevante para o caso. O processo de seleção do júri do julgamento de Jackson foi adiado depois que o cantor foi levado para um hospital com sintomas de gripe. O julgamento dever ser retomado na manhã de terça-feira. O cantor nega as dez acusações de abuso contra menor e conspiração. Se condenado, ele pode receber uma pena de até 21 anos de prisão. O julgamento pode durar até seis meses.

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