De fora do Grammy, cubanos fazem show em Havana

Músicos indicados ao troféu da indústria americana, que acusam a Academia de boicote, apresentam-se hoje à noite no Teatro Karl Marx

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os músicos cubanos que não conseguiram participar do Grammy Latino, em Miami, decidiram fazer um show de protesto em Havana. O jornal oficial cubano, o Granma, cuidou de convocar a população para prestigiar o espetáculo, que acontece hoje, no Teatro Karl Marx. A ausência dos cubanos no Grammy é resultado de uma polêmica que se arrastou por dias. Os músicos, assim como o governo, culpam a Academia de Artes e Ciências Fonográficas de aliar-se a Washington e boicotar o país. Para tanto, teriam obstruído o envio dos convites oficiais aos cubanos. A Academia responde que enviou sim os convites, mas não obteve resposta. Dezenas de cubanos foram indicados aos prêmios do Grammy - que, a propósito, homenageou em sua 4.ª edição a rainha da salsa Celia Cruz, cubana radicada nos Estados Unidos, morta em julho aos 78 anos. De todos os candidatos ao Grammy, apenas dois levaram o troféu: o "sonero" Ibrahim Ferrer, revelado ao mundo no disco (e filme) Buena Vista Social Club, e os rappers do Orishas. Nenhum deles, porém, se apresenta hoje no Karl Marx. Ibrahim foi recém operado de catarata, e os membros do Orishas não estão morando em Cuba. Os organizadores do show garantem a presença de Chucho Valdés, Eliades Ochoa, Los Muñequitos de Matanzas, Camerata Romeu e os Van Van, entre outros.

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