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Criador do Gorillaz Damon Albarn forma nova banda

O nosso é um tempo em que buscamos mudanças desesperadamente, porque temos uma necessidade dramática de sermos alternativos", diz Damon Albarn

Por Agencia Estado
Atualização:

"Somos uma banda com uma idéia", diz convencido Damon Albarn, apresentando sua nova superbanda, formada com músicos do The Verve e The Clash. O grupo The Good The Bad and The Queen é constituído por Simon Tong (ex-Verve, Blur) na guitarra, Paul Simonon (The Clash) e o baixista e baterista de Fela Kuti, Tony Allen. O primeiro álbum, homônimo, do grupo-projeto que pediu seu nome emprestado a Enrico Morricone, "um dos maiores, talvez o melhor compositor do século passado", segundo Albarn, será lançado em 22 de janeiro, mas o single Herculean, lançado em 30 de outubro, dá uma idéia do pop-rock étnico, com tonalidades dub e reggae, feito pelos quatro. A idéia de formar esse super grupo, disse Albarn numa entrevista coletiva em Milão, foi de Tony Allen: "Damon me chamou para encontrá-lo em Londres para gravar juntos no meu estúdio privado. Mais tarde, depois de uma viagem a Lagos, na Nigéria, com Simon, Damon tinha que terminar o álbum do Gorillaz e paramos por ali". O trabalho foi retomado depois em Londres, com a chegada do ex-baixista do The Clash, Paul Simonon, vizinho de Albarn em Londres. A capital britânica tornou-se então o ponto central do trabalho. "Portobello Market é ponto focal de toda a comunidade, ricos ou pobres, de qualquer cultura. Nós somos produtos daquele lugar, somos pessoas de mente muito aberta", explicou Simonon, que depois de deixar o The Clash, se dedica à pintura. Necessidade dramática "O nosso disco quer espelhar o espírito do tempo, usando Londres para exprimir algo de mais universal. O nosso é um tempo em que buscamos mudanças desesperadamente, porque temos uma necessidade dramática de sermos alternativos", ressalta Albarn. Ele, que fundou o Blur e o Gorillaz e foi descobrir a música do Mali, vê em The Good The Bad and The Queen uma alternativa real: "mesmo que tratamos de conceitos importantes, a nossa não é uma música deprimente. Acreditamos que esse álbum pode ser o início de uma discussão musical e social porque se tornou um imperativo se conectar e se expressar, sendo essa também a melhor forma de diplomacia que existe". Às bandas que não fazem pesquisa e se limitam a repetir seus papéis de ícone da música, o artista inglês pergunta: "por que se cansaram de fazer aquilo que têm a liberdade para fazer? Por que não descobrir coisas novas, fazer novas experiências?". Ele, que nunca se cansa de experimentar, teve agora a idéia de um filme sobre sua banda virtual, o Gorillaz.

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