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Corpo de Jair Rodrigues é enterrado ao som de 'Disparada'

Amigos, fãs e familiares cantaram a música vitoriosa do Festival da Canção de 1966

Por Guilherme Sobota
Atualização:

O corpo de cantor Jair Rodrigues foi enterrado às 12h30 desta sexta-feira, no Cemitério Gethsêmani, em São Paulo, ao som de Disparada, um de seus maiores sucessos. O enterro foi acompanhado por amigos, parentes e fãs, que cantaram a música com que Jair venceu o Festival da Canção em 1966. O coral ecumênico da Boa Vontade interpretou a canção, junto com Paulinho Dafilin, músico da banda que tocava com Jair, que, emocionado, pediu para tocar a canção. Jair Rodrigues morreu na manhã de quinta-feira, aos 75 anos, de enfarte do miocárdio.

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Entre as homenagens, Jair ganhou ainda uma canção composta pelo filho, Jairzinho. A canção tem a fragilidade da vida como tema e termina com um agradecimento: "Obrigado por seu sorriso". Em uma breve declaração à imprensa após o enterro, Jairzinho mencionou a perene felicidade do pai. "Agora, temos todos que nos esforçar para sermos feliz como ele foi", disse.

Inicialmente previsto para as 11 h, o enterro atrasou por conta de um breve tumulto provocado pelos quase 300 fãs que se aglomeraram no local para se despedir do artista. Na capela, a missa que precedeu o enterro foi fechada para amigos e parentes do artista, enquanto os fãs aguardavam do lado de fora.

Com o aval da família de Jair, o padre que realizou a cerimônia tentou organizar uma fila para que os fãs pudessem ver o corpo pela última vez. Mas a euforia e impaciência do públicou resultou em uma pequena confusão, prejudicando o acesso à capela. Todos pareciam querer entrar ao mesmo tempo. Foram mais de dez minutos para conseguir acalmar os ânimos e liberar o acesso ao local.

Entre os presentes, compareceram ao enterro Simoninha, Luiza Possi, Eduardo Suplicy, Roberto Leal e Marisa Orth. "É um amor louco, que dá em todo mundo. Ele era melhor que todos e parecia imortal", disse a atriz.

O apresentador Raul Gil, amigo de longa data, também compareceu ao sepultamento e lamentou a morte: "Fizemos músicas juntos, mas que nunca deram certo e nunca foram gravadas", disse. Nunca vi ele reclamando de nada. Era um cara que estava cheio de saúde e de repente vai embora. Deus levou ele para deixar o céu mais feliz, alegre e divertido. Jesus deve estar dançando."

"Nos conhecemos nos anos 60 na Record", disse Sérgio Reis. "Ele era um cara muito simples. No seu aniversário, em fevereiro, ele esteve lá em casa comendo ovos mexidos comigo. É um exemplo de artista, carinhoso, paciencioso. Além de ser um talento incrível, ele cantava qualquer coisa. Agora, temos que matar a saudades ouvindo as músicas dele", completou o amigo.

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Atualizado às 14h13.

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