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Conheça história do Backstreet Boys

A história dos cinco garotos que arrastam legiões de fãs por onde passam é assombrosa. Louis Pearlman, milionário do ramo da aviação, investiu US$ 3 milhões em 1993, para torná-los os novos New Kids on the Block

Por Agencia Estado
Atualização:

Em meio à confusão causada pelo cancelamento do seu show de domingo, no Anhembi, o quinteto Backstreet Boys chega amanhã a São Paulo para a apresentação de sábado. São esperadas mais de 50 mil pessoas no espetáculo. Talvez a melhor forma de desmontar um mito seja contando sua história real. E, por trás das fábricas de bandas de garotos que assolam o planeta, há histórias assombrosas. A história dos Backstreet Boys, esses cinco garotos americanos que andam pelo mundo como flautistas de Hamelin, tocando e arrastando legiões de fãs histéricas atrás de si - é até corriqueira perto de outras. No início dos anos 90, eram apenas meninos de classe média que viviam em Orlando, na Flórida, e planejavam ganhar a vida como entertainers. Encontraram por acaso Louis Pearlman, milionário do ramo da aviação, empreendedor que prometeu torná-los os novos New Kids on the Block. Em 1993, Pearlman injetou US$ 3 milhões para impulsionar o grupo. "Em troca, eles deram a ele suas vidas", escreveu Erik Hedegaard na revista Rolling Stone. Não é exagero. Passaram a tocar em shopping centers, no Sea World da Disney, pátios de colégios ao redor dos Estados Unidos e onde mais fosse necessário. O mais velho, na época, era Kevin Richardson, que tem olhar de cigano e sobrancelhas grossas. Tinha 20. O mais novo era Nick Carter, o loirinho de boca feminina. Tinha 13. Pearlman os levou à Europa, fez com que assinassem um bom contrato com a Jive Records e tornou a banda um sucesso teen instantâneo. Mas, um belo dia, eles descobriram que, por mais que trabalhassem, nenhum deles tinha mais de US$ 100 mil na conta bancária. Pearlman, por seu lado, já estava em outra: criara (sem ninguém saber) a nova sensação da América, o grupo ´N Sync, cujo álbum mais recente vendeu 2,4 milhões de exemplares só na primeira semana, jogando os Backstreet para o fundão das paradas. Brian Littrell - o de queixo triangular e sorriso amarelo -, um dos meninos que têm maior discernimento legal, foi aos tribunais contra seu ex-mentor. Pearlman, por sua vez, pediu direitos sobre o novo disco do grupo, Millenium. Quer um sexto de tudo, como se assumisse o papel de um sexto Backstreet Boy. "Mr. Pearlman estava sempre falando sobre lealdade e pregando lealdade, dizendo "Amo vocês, caras, vocês são como meus filhos", lembra Kevin. "Meu pai morrera de câncer e eu olhava Lou como uma figura paterna, mas eu era ingênuo e ele era um mentiroso." É esse grupo, mordido pela traição do show business e cujos cinco integrantes (além de Brian, Nick e Kevin, há também AJ McLean, que parece o Salsicha da série Scooby-Doo; e Howie Dorough, o latino de orelhas de morcego) têm medo de ser esfaqueados por fãs psicóticas, que estarão no Anhembi amanhã à noite. No mundo da música, nem todos os passos são ensaiados como nas coreografias das boyzbands. Backstreet Boys. Sábado, às 20 horas. Bilheterias do Anhembi, das 10 às 18 horas, R$ 75,00. Lojas Levi´s, R$ 75,00 + taxa. Informações pelo telefone 3191-0011. Sambódromo do Anhembi. Av. Olavo Fontoura, 1.209

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